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Na semana passada, o vice-governador, César Colnago (PSDB) em encontro com a Comissão de Políticas sobre Drogas, da Assembleia Legislativa, sacou da manga do terno um dado intrigante: 40% dos homicídios são ligados ao tráfico de drogas. Uma afirmação muito precisa diante do caos e que se encontra o Estado na área de investigação, com os inquéritos se acumulando nas prateleiras das delegacias e com a estatística questionável sobre homicídios. 
 
Por outro lado, o número de mortes de mulheres no Espírito Santo é alarmante. Só nos dois primeiros meses do ano, 27 mulheres foram assassinadas. Nos oito anos do governo Paulo Hartung (2003 – 2010), 1.375 mulheres foram vítimas de homicídio. 
 
Mas diferentemente da problemática da droga, que ganha uma coordenação especial, com acompanhamento direto do vice-governador, e toda uma retórica de ações conjuntas. A questão da mulher no Estado não é vista com o mesmo interesse. Mesmo sendo o Estado recordista em violência contra a mulher, o governo não trabalha ações conjuntas, transversais entre as secretarias para tentar minimizar a questão. 
 
Além disso, na discussão sobre as drogas, a atuação também não é exatamente um avanço. Vai se discutir o uso da droga e não as questões que levam a juventude a uma opção pelo tráfico. Achar que a Escola Viva, descontextualizada de uma pedagogia libertadora e sintonizada com os graves problemas sociais do Estado, chega a parecer inocência. Mas não é.
 
O discurso do combate à droga é fácil e agregador. O eleitor engole fácil, vai achar que qualquer iniciativa de “ocupação social” vai trazer a tão sonhada solução milagrosa para o problema da violência no Estado. A situação é bem mais complicada do que parece. 
 
Medidas baseadas em apreciações verticais sobre o problema da juventude negra e pobre do Estado não são o adequados para melhorar a interlocução com a sociedade. Mas, serve de subterfúgio para costurar um discurso de inclusão social que na prática é uma nova forma de exclusão.
 
 
Fragmentos:
 
1 – Na audiência sobre alterações no PDU da Capital, no Centro de Vitória, na noite dessa segunda-feira (9), cinco vereadores e moradores estiveram presentes: os moradores Namy Chequer (PCdoB), Vinicius Simões (PPS), Davi Esmael (PSB) e Serjão Magalhães (PSB) e Max da Mata (PSD), que agora é secretário de Meio Ambiente e Sérgio Sá (PSB), que é secretário de Habitação.
 
2 – As audiências vão até 6 de abril e darão uma oportunidade para que os vereadores possam fazer palanque eleitoral para 2016. Como todos falam, é uma excelente oportunidade de falar diretamente com o eleitor.
 
3 – O senador Ricardo Ferraço (PMDB) conseguiu acomodação nas Comissões de Justiça, Assuntos Econômicos e Relações Exteriores, que ele presidiu na primeira parte do mandato. As comissões são importantes, mas não lhe garantirão a mesma visibilidade de antes. 

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