A semana passada foi difícil para o governador Renato Casagrande, com a movimentação dos demais grupos políticos interessados na sucessão estadual. Casagrande demonstrou irritação com as informações que circulavam nos meios políticos, que afirmou terem o objetivo de desestabilizar seu governo.
Mas para os observadores, a tendência é de que Renato Casagrande retome o equilíbrio e consiga uma composição para a disputa eleitoral. Se no campo político a situação do governador é contornável, do ponto de vista administrativo é complicada.
Na semana passada, o governo enviou para a Assembleia Legislativa o projeto com o reajuste para os servidores. Os deputados estaduais fizeram uma sessão extraordinária na manhã de quarta-feira (26), mas não adiantou. A reposição de 4,5%, para os servidores, não repõe a inflação do ano, deveria começar em 4,9%. A perda no governo Casagrande chega a 11%.
Passada a greve dos médicos legistas que causaram uma tremenda dor de cabeça para o governo, a semana começou com as repartições públicas fechadas. A greve geral dos servidores públicos é um problema que Casagrande precisa resolver para evitar desgastes com o eleitorado.
Com os serviços parados, a população fatalmente é afetada e a conta sobra para o governador. Os protestos nas ruas também chamam a atenção e aumentam o desgaste. O momento em que acontece a movimentação dos servidores não poderia ser pior para Casagrande.
As instabilidades políticas, somadas aos problemas administrativos, em momento de troca de secretariado, que também movimenta o mercado, são muitas arestas que o governador Renato Casagrande tem de aparar antes do fim do semestre.
Fragmentos:
1 – O clima nada agradável entre os deputados Theodorico Ferraço (DEM) e Glauber Coelho (PSB) indica que o demista deve mesmo concorrer à reeleição para a Assembleia e não a deputado federal.
2 – Em 2010, só Glauber e Theodorico se elegeram no sul. Este ano, Rodrigo Coelho (PT) e Marcus Mansur (PSDB) vão mais fortalecidos para a disputa na região.
3 – Aliás, a irritação com os deputados do PSB é geral no plenário. Os deputados temem que a máquina palaciana entre pesado na eleição, beneficiando os candidatos do partido do governador Renato Casagrande.