
A propósito…
Fala dos desembargadores contra os acusados – Neivaldo Bragatto no meio – de cometerem irregularidades em homologação de contrato pelo DER-ES. Sérgio Gama: “Há ausência de justa causa”; José Paulo Calmon Nogueira da Gama: “Os elementos subjetivos que dariam margem à persecução penal não se mostram presentes”, e Adalto Dias Tristão: “Nem mesmo na ação de improbidade os pacientes foram incluídos”. Não é todo mundo que tem essa sorte.
Prioridade
Muito inteligente a “sacada” do movimento “Não é por 20 centavos, é por direitos”, de realizar o protesto dessa quinta-feira (8) durante o evento de entrega do Prêmio Líder Empresarial, da Rede Vitória. Embora a lista consiga reunir o que tem pior no Espírito Santo, são esses empresários que ditam as regras por aqui, naquele velho esquema de favorecimentos, pra lá de manjado. É tudo deles, nada nosso.
Piada
Só vou dar um exemplo, para o leitor ter noção. Na categoria líder de empresa sustentável, os campeões: Ricardo Vescovi, da Samarco Mineração; Maurício Max, da Vale, e Marcelo Castelli, da Aracruz Celulose (Fibria). Não, você não está enganado, é isso mesmo. Agora pode rir.
‘Bom trabalho’
E a polícia, desorganizada como sempre – só pode ser proposital –, bloqueou a Leitão da Silva e os acessos a outras vias. Os motoristas que pediam informação aos policiais de trânsito, sequer recebiam orientação. Pior, no geral, as respostas eram do tipo: “não sei, não sei, vai se virando”. Teve um que perguntou sobre alguma alternativa, pois precisava ir ao hospital. De novo: “não sei, não sei, se vira”. E assim, repetidamente.
‘Bom trabalho II’
Até que apareceu um carro oficial, querendo passagem. Era o motorista de algum “poderoso”. Ouviu do policial, primeiro o terrorismo, após insistir em entrar na rua: os manifestantes vão quebrar seu carro inteiro. A resposta veio junto com a arrancada: “ah, não estou nem ai, não é meu mesmo, é do Estado”. E lá se foi.
É comigo?
Mais impressionante nisso tudo é que a cobertura da Rede Vitória não teve um “a” sobre o protesto. Como se estivessem todos em uma redoma, inatingíveis.
Fraco
Já Casagrande, no momento de receber a homenagem, resolveu repetir o velho discurso sobre as mobilizações populares. Resumindo: a população de bem se afastou das ruas; grupo autoritário e radical, e atos de vandalismo. O governador, sim, deveria ter fingido que nada estava acontecendo do lado de fora.

Depois do ato dessa quinta, agora sim as placas sobre a mobilidade urbana ganharam um caráter educativo. Está explicado.
Causa própria
Comentários nos meios econômicos: a tal exploração de manganês em Guaçui de que a deputada federal Rose de Freitas (PMDB) fala em A Tribuna, está em poder do empresário Otto Andrade. Ele espera, ainda, contar com a ajuda da peemedebista para “outras coisitas mais”, como estender da área pública para a privada a dragagem da baía de Vitória. Assim, ele consegue exportar o manganês pelo porto que controla, junto com seus sócios.
Tudo é motivo
Em ano pré-eleitoral, vale tudo para rodar o interior do Estado. Na manhã desta sexta-feira (9), em Itapemirim, sul do Estado, veja só: Casagrande, inaugurou a reconstrução da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Leopoldino Rocha. Inauguração da reconstrução…interessante, não?
Berros
Alguns militantes do PP procuraram a coluna para manifestar que estão “loucos” para receber, de braços abertos, o deputado federal Carlos Manato, já na presidência regional. Trata-se do grupo do deputado estadual Cacau Lorenzoni, que tem Geraldo Magela e Mazinho Fraga – presidente do diretório de Cariacica.
Berros II
Eles garantem que Manato foi convidado a entrar no PP, nessas condições, pelo presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira. São as controvérsias da política.
Nas redes
“O povo capixaba também quer entregar um troféu à Casagrande: o troféu Líder do Não Diálogo com o Povo; o troféu Líder da Barbárie Social Capixaba; o troféu Líder da Repressão e da Criminalização dos Movimentos Sociais!”. (Não é por 20 centavos, é por direitos – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Quero dizer aos meus adversários que não me esquecerei de morrer”. Ulysses Guimarães