Na disputa ao governo do Estado, o candidato do PT, Roberto Carlos, teve o pior desempenho do País,comparado ao de outros petistas que concorreram ao Executivo estadual. Seu candidato ao Senado, João Coser, entrou na disputa como favorito e chegou em terceiro lugar. A presidente Dilma teve no Espírito Santo o sétimo pior desempenho no primeiro turno do País. O cenário que se desenha até aqui aponta para mais uma derrota do PT no Estado na corrida presidencial.
Nos embates anteriores, quando havia uma folga na disputa de Lula com os tucanos, essa derrota no Estado não incomodava tanto, mas em uma disputa acirrada entre Dilma e o tucano Aécio Neves, como vêm projetando o mercado político, os 2,6 milhões de eleitores do Estado não podem ser desprezados, sobretudo por Dilma, que não tem um bom retrospecto entre os eleitores capixabas.
Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB), respectivamente o governador eleito e o atua chefe do Executivo estadual, declararam apoio ao tucano. Mesmo que Hartung não dedique seu tempo em bandeiraços de Aécio, seus aliados o farão. O mais importante é que o PT fica sem espaço para construir o palanque de Dilma para o segundo turno no Estado.
O partido perdeu na eleição majoritária e agora tenta recolher os cacos internos para tentar se reerguer. Neste sentido, fica difícil ir para a rua pedir votos para a presidente. A agressividade da campanha tucana se encarrega de fazer o resto.
Após o segundo turno, o PT capixaba vai ter de ser repensado. Se Dilma vencer a eleição, tudo bem, mas se Dilma perder a situação ficará ainda mais complicada. Se até aqui o PSDB foi o partido que havia perdido mais com o processo de unanimidade no Estado, o PT este ano saiu bem pior do que os tucanos.
A eleição presidencial poderá ser um ponto de partida para que o PT dê um passo atrás. Como não participou do palanque de Hartung, oficialmente, pode tentar reconstruir seu caminho se unindo ao grupo que ensaia criar uma oposição no Estado. Mas se novamente privilegiar os espaços no governo que não garantem sua participação na divisão do poder, vai continuar a reboque de um projeto que cada vez mais se afasta da ideologia do partido.
Fragmentos:
1 – A Câmara de Vila Velha promoveu nessa quinta-feira (9), uma audiência Pública para debater o problema dos alagamentos, diante da iminência do período de chuvas. A reunião foi solicitada pelo vereador Arnaldinho Borgo (PMN)
2 – Participaram do evento representantes da Câmara, da Cesan, moradores dos bairros afetados. Quem não compareceu foram os representantes da Prefeitura de Vila Velha.
3 – Quem apareceu foi o ex-prefeito do município e deputado federal eleito Max Filho (PSDB), que destacou os programas iniciados em sua gestão e que não tiveram continuidade e lamentou a ausência da atual gestão na audiência.
