Em plena discussão sobre a escolha do novo presidente da Assembleia, o candidato à sucessão da Mesa Diretora e atual presidente Theodorico Ferraço (DEM) operou a devolução ao Executivo dos R$ 25 milhões poupados pelo Legislativo. Ou seja, a solenidade não poderia ocorrer em ocasião mais oportuna. A foto acima, publicada no Facebook do governador Paulo Hartung (PMDB), diz tudo: querendo ou não, o governador dá um apoio tácito, surdo, implícito, a Ferraço. E ainda lhe dá o carimbo de bom gestor. Se o demista fosse um nome de consenso entre os demais deputados, ok. Mas não é. Como fica o outro bloco que anda almejando espaço, aventando lançar um nome à corrida? Dessa vez, a esperteza de Ferraço não deu espaço para ninguém.
Oposição? Eu, não
Há uma coisa interessante nessa movimentação toda para a escolha do próximo presidente da Assembleia. Seja de um bloco, seja de outra, uma mesma preocupação toma todo e cada deputado: deixar bem claro que não é de oposição a Hartung. O substantivo parece um palavrão. Há certa obsessão em dizer que o grupo não ficará desalinhado com Hartung.
Mas…
Democracia é assim mesmo. Ninguém se constrangeu com o deputado Paulo Roberto (PMDB) e suas pirotecnias em plenário contra o ex-governador Renato Casagrande. Mas quando é Hartung quem senta na cadeira, o pavor domina todo mundo. Os deputados tremem.
Mistério
Na boa, que gestão eficiente é essa do governo Hartung em que o Orçamento 2015 já será enviado à Assembleia, mas ainda não se sabe o que será cortado? Saúde e educação sofrerão reduções, mas o governo é vago em especificá-las, diz que manterá o básico. Os cortes nos poderes também não são precisos. E o envio da peça à Assembleia, que seria nesta sexta (16), ficou para segunda (19). Está difícil entender.
É mole?
O pó preto das poluidoras corroendo os pulmões dos capixabas na Grande Vitória e elas, difícil de acreditar, desviam o foco da coisa para as condições climáticas. Como se não existisse ArcelorMittal e Vale soltando fumaça 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano.
Novo início
Aliás, com essa história de Paulo Povão, não vai surpreender se, após a coletiva de imprensa do secretário estadual de Meio Ambiente, Rodrigo Júdice, nesta sexta-feira (16) no Palácio da Fonte Grande, Hartung sair como o novo super-herói do meio ambiente. Façam suas apostas.
Batista
O vereador de Vitória Zezito Maio (PMDB) já quer pegar uma caroninha na menina dos olhos do governo Hartung, o projeto Escola Viva. Fez indicação ao governador para realizar estudos visando à implantação do projeto na Região da Grande São Pedro. Zezito, vale lembrar, só falta levar uma maçã a cada encontro com Hartung.
Hora certa
A Prefeitura de Vitória realiza nesta segunda (19), no auditório da prefeitura, em Bento Ferreira, audiência pública para apresentação do edital de licitação do projeto municipal de compartilhamento de bicicletas. De início, o encontro fora marcado para as 14h. Choveram reclamações nos perfis do prefeito Luciano Rezende (PPS) e da prefeitura no Facebook. Todo mundo querendo participar. Resultado: a troca de horário foi imperativa. Agora será às 19h.
Viva Alex
O restaurante natural Sol da Terra, do chef Marco Ortiz, realiza neste sábado (17) um almoço beneficente em apoio ao músico de Alexandre Lima. A renda será vertida para o custeio do tratamento médico de Alex, em coma desde 2013 após um aneurisma da aorta. Seu quadro, porém, é estável. O Sol da Terra fica no Hortomercado, na Enseada do Suá, em Vitória.
Tapete vermelho
Com cenas gravadas no Espírito Santo, a produção O Sal da Terra, documentário sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, foi indicado aos Oscar de Melhor Documentário. O filme é dirigido pelo mestre dos mestres Win Wenders, autor de obras absolutas como o comovente Paris, Texas.
140 toques
“A Assembleia Legislativa devolveu ao governador do Estado, Paulo Hartung, R$ 25 milhões, fruto de uma séria economia que a Mesa Diretora”. O deputado estadual e vice-presidente da Mesa Luiz Durão (PDT) embarcando na festa da economia da Assembleia.
Pensamento
“Em Brasília, todos são inocentes e todos são cúmplices”. Nelson Rodrigues
