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Questão de escolha

A partir de uma sinalização do Palácio Anchieta, a classe política e parte da imprensa aderiram ao discurso ambientalista, mirando a artilharia para um lado que nunca foi atacado no Estado por essas instâncias, as poluidoras.

Durante todo esse tempo, Século Diário vem alertando para a grave situação ambiental na Grande Vitória. Mas, de um dia para o outro, a imprensa corporativa descobriu o pó preto e o governador Paulo Hartung (PMDB) também. A onda passou mostrando que o discurso era apenas de opinião. Os deputados estaduais estão abandonando o barco. E é difícil acreditar que a pressão popular possa mudar o cenário, afinal, o lobby das empresas é forte.

 
Os deputados estão diante de uma escolha. Agradando as empresas, podem até garantir o financiamento da campanhas futuras, mas de que adianta o recurso, se o eleitor entender que o parlamentar não tem compromisso com questões que afetam a saúde da população? Para atender à demanda da população, criaram uma comissão, mas à moda da Casa.  Mas os governistas encontraram uma forma de tentar driblar a pressão popular. Diante da necessidade de dar uma resposta 
 
Neste sentido é preciso destacar o papel do deputado Gilsinho Lopes (PR), que desde 2013 tenta criar uma CPI na Assembleia para discutir o assunto. Mas apesar do discurso de combate ao pó preto, a CPI não é bem vista por uma questão política, já que ela levantaria questões, apuraria não só as emissões de poluentes, mas questões econômicas e políticas também. 
 
Também merecem parabéns os deputados novatos Sérgio Majeski (PSDB) e Amaro Neto (PPS) e o deputado veterano Hércules Silveira (PMDB), deputados da Grande Vitória que assinaram a petição e destaque para os deputados que não agüentaram a pressão: Marcus Bruno (PRTB) e Euclério Sampaio (PDT). 
 
A criação de outra CPI para desviar o foco da verdadeira investigação é sinal de que essa história de poluição continua sendo um tabu para a classe política. A CPI comandada por Rafael Favatto (PEN) nasce sob o olhar de desconfiança do eleitorado e pode comprometer a imagem do Legislativo como um todo. 
 
Fragmentos:
 
1 – No ato público contra o Pó Preto, nesse domingo (8) apenas o deputado estadual, Gilsinho Lopes (PR), o deputado federal Max Filho (PSDB) e o ex-candidato ao Senado André Moreira (PSol) estiveram presentes.

 

2 – Isso mostra a falta de empenho da classe política capixaba com uma questão tão sensível para a população capixaba. Percebe-se que falta sensibilidade ou sobra compromisso com as poluidoras.

3 – Não dá mais para que a população fique refém da falta de ônibus, por falta de habilidade política do sindicato dos Rodoviários. 

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