Raio X
Todos os anos o Prêmio Nobel distribui uma generosa quantia em dinheiro para alguns afortunados que desenvolveram algum trabalho significativo nas áreas de química, medicina, literatura e paz. Para alguns críticos, o prêmio é mais político que meritório, e seus vencedores seguem uma fórmula estabelecida para conquistá-lo.
De uma maneira geral, porém, a ideia é muito boa. Reconhecer e recompensar os profissionais que dedicaram, muita vezes uma vida inteira a seus sonhos e projetos merece também um prêmio. O que infelizmente ainda falta é um Prêmio Nobel para a fotografia, o que seria muito interessante de se ver.
No entanto, em 1901, Wilhelm Konrad Roentgen recebeu o prêmio com uma fotografia, mas não exatamente como fotógrafo. Roentgen venceu na categoria de Física por suas pesquisas que culminaram na invenção do Raio X. Para testar o aparelho, ele usou a imagem feita em 1896 da mão de sua esposa, que serviu inúmeras vezes com cobaia de suas experiências.
Essa imagem roda o mundo até hoje, como o marco de uma grande descoberta para a humanidade, que facilitou enormemente os diagnósticos da medicina. Além disto, criou
um ramo bastante lucrativo para um grupo muito especializado de fotógrafos: os técnicos de Raio X.
Apesar do pouco conhecimento sobre os efeitos da radiação causada pelo Raio X se comparados com os dia atuais, não é verdadeira a história de que tanto o Dr. Roentgen como sua esposa tenham contraído câncer e morrido em consequência dessas experiências, utilizando seus próprios corpos para testar o aparelho.
A imagem da semana é o Raio X da mão da Sra. Roentgen, feita em 1896 pelo físico alemão Wilhelm Konrad Roentgen.
Glauco Frizzera é fotógrafo, com mestrado em Fotografia pela Barry University. Mestrando em Business and Administration, e vencedor do prestigiado premio Photoshop Guru Award. Visite o site www.glaucofrizzera.com. Para entrar em contato com a coluna, envie email para:
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