Em 2010, antes de ter sua temporada de estudos e aperfeiçoamento na Europa, o jornalista Carlos Tourinho deixou um documento para mim. Fomos contemporâneos na Rede Gazeta, ele na TV e eu no rádio.
Era uma página do jornal A Gazeta, enfim, a coluna assinada por Aurelice Aguiar (depois Lindenberg), datada de 2 de dezembro de 1990. Lá se vão quase 25 anos.
Basicamente, a página era dedicada a mim, que estava de partida para uma temporada nos Estados Unidos, onde fiquei por seis anos, sem nunca ter vindo ao Brasil neste período. Tinha também um tópico falando dele, Tourinho e sua estreia como repórter nacional da Gazeta na Rede Globo. Foi o pioneiro no Brasil. Como sempre a afiliada do Estado muito respeitada.
Na página, alem da matéria principal e este box sobre Carlos Tourinho, havia uma coluna intitulada “spot” com tópicos, falando da gente da terra. Um deles se referia a Edu Henning, que estrearia na Antena 1 o programa chamado “Faixa 6 do Lado B” , nome típico das invenções de Edu.
Nestes tópicos, Aurê citava nomes do meio (este era o propósito da página semanal no jornal), como Roberta Conde, Thelmo Scarpine, Geraldo Pereira, Roberto Burura (que na época já estava em Los Angeles), Mauro Roger e Luis Carlos Peixoto.
Na matéria principal, havia quatro opiniões sobre essa minha ida para os States, as de Café Lindenberg, Jonas Porfírio, Antário Filho e Marcos Lima, (Marcão). Passados todos esses anos e relendo a matéria vimos o carinho que dois nomes importantes davam à nossa pessoa, Antário Filho e Marcão, justamente esses que não estão mais aqui.
Dizia Antarinho: “Zé Roberto é um professor que só com o tempo as pessoas que estão trabalhando sob sua direção vão descobrir o brilhantismo de suas lições. Tudo o que faço em rádio hoje, teve início com as aulas de Zé Roberto. Ele procura sempre trabalhar com pessoas de bom caráter e vive a ilusão de que vai purificar o meio radiofônico. Os novatos não o entendem. Somente depois de dez anos vão entender as lições de Zé Roberto” Quando voltei da América, Antário já não estava mais aqui.
Já Marcão ponderou: “É um profissional de tradição no rádio. Uma pessoa correta, que trabalha sempre dentro dos critérios de honestidade. A seu respeito só tenho que fazer os melhores elogios. Trabalhamos juntos na Tribuna e Tropical e sempre tivemos um ótimo relacionamento. Desejo muita sorte a ele” Nesta época, Marcão estava como diretor da Sony no Rio. E se aqui ainda estivesse hoje, por certo, estaria ao lado dele torcendo para seu Alexandre se recuperar logo.
Pois é, tem coisas que compensam a trajetória de lutas dessa vida.
PARABÓLICAS
Não é que Anete Musso virou uma celebridade? Ela era uma das participantes do início do Voz da Itália na Gazeta, com receitas.
Três nomes de uma mesma época, hoje em diferentes estágios e trabalhos: Eduardo Santos, Jair Oliveira e Joel Vieira.
A CBN de Fernanda Queiroz tem participação ampla e precisa no sistema multimídia da Rede Gazeta
Amaro Neto na ponte-aérea entre BH e VIX, se diz pré candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa capixaba. O que acham?
MENSAGEM FINAL
Tudo na vida tem que ser um pouquinho complicado para ser bom. O que é muito fácil não presta. Silvio Caldas