Terça, 16 Abril 2024

Ressaca eleitoral

 

Enquanto alguns candidatos comemoram eufóricos a vitória nas eleições do último domingo (7), outros, em número bem maior, lamentam o revés que sofreram nas urnas. 
 
Os derrotados devem ter acordado nesta segunda-feira (8) com aquela sensação de cabeça pesada, um gosto amargo na boca e a vontade de não olhar ou tampouco falar com ninguém. 
 
A ressaca eleitoral é mais sentida pelos candidatos que tomaram viradas homéricas ou perderam por uma margem ínfima de votos. É o caso do candidato a prefeito de São José do Calçado, Zé Carlos (PSD), que perdeu para Liliana (PSB) por uma diferença de 119 votos. Em Ibatiba, a diferença de votos entre o candidato do PDT Simão Dias para o vencedor, Zé Alcure (PP), foi pouco maior que uma centena de votos.
 
Mas, pior mesmo, deve estar a dor de cabeça do candidato a prefeito de Alegre, Zé Guilherme (PSD), que perdeu a eleição para Paulo Lemos (PMDB) por uma diferença de apenas 49 votos. 
 
A ressaca também é doída para os candidatos que apareciam como francos favoritos e tomaram a virada em cima da hora. Essa é a típica situação que deixa o candidato sem chão, desnorteado. É a chamada ducha de água fria. Caso do candidato à prefeitura da Capital, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que falava em vitória no primeiro turno e acabou sendo atropelado por Luciano Rezende (PPS) na reta final. 
 
Situação idêntica à do candidato Marcelo Santos (PMDB), que disputa o segundo turno à prefeitura de Cariacica com Juninho. O candidato do PPS deixou Marcelo desnorteado. O peemedebista deve estar procurando entender até agora de onde “brotaram” os quase 40 mil votos que Juninho abriu de vantagem. 
 
Na briga pelas câmaras, nada se compara à ressaca eleitoral do candidato a vereador à Câmara de Vitória Fábio Lube. Apenas três votos tiraram o pedetista da Câmara em 2013. O felizardo, que deve estar comemorando até agora, é o seu colega de partido Luisinho Coutinho. 
 
Assim como as ressacas etílicas, a eleitoral também traz aquela sensação de arrependimento. Imagine a situação de Lube. Ele deve estar se culpando, achando que não se esforçou o bastante para conseguir os quatro votos que o colocariam na Câmara em 2013. 
 
São lições que ficam de uma eleição. O segundo turno está aí, e pelo menos três dos seis candidatos que se mantêm nas disputas em Vitória, Vila velha e Cariacica deverão acordar com a cabeça pesada no dia 29 de outubro. É inevitável. 

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