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Reta de chegada

Os candidatos a prefeito e vereador na eleição deste ano entram na última semana de campanha em clima de tudo ou nada. A partir desta segunda-feira (26), os candidatos darão suas últimas investidas nos eleitores que ainda estão indecisos para tentar desequilibrar o equilibrado jogo político que se estabeleceu na maioria dos municípios capixabas.

A semana será de Vale-Tudo, sobretudo em relação às denúncias de crimes eleitorais, que muitas vezes se misturam à estratégia de baixar o nível da disputa para tentar levar vantagem sobre os adversários, tentando tirá-los de combate. Na maioria das cidades do interior, a disputa está entre os grupos que governam e os que querem governar. Na Grande Vitória, os candidatos buscam apenas o ingresso para a segunda etapa da eleição.

O eleitor ganha o grande destaque esta semana. Como o processo eleitoral foi curto, muita gente está se dando conta agora de que a eleição está chegando e que é preciso escolher um candidato. Por isso, a tendência é de que só agora ele procure saber os nomes de quem está disputando as prefeituras e faça uma escolha superficial sobre os candidatos a vereador disponíveis no mercado.

Pior para quem mora na Serra e deixou a escolha para a última hora. Agora terá mais de 400 nomes disponíveis para a escolha. Com a rejeição do eleitor à classe política, isso pode acabar beneficiado quem já tem mandato e a renovação cai.Isso vale para todos os municípios.

Aí temos um ponto de vulnerabilidade muito grande. É aqui que o candidato se aproveita da indefinição do eleitor e pode ganhar no grito. Em outros tempos, poderíamos dizer que quem tiver a campanha mais atraente leva o voto do eleitor. Mas em tempos de eleição teoricamente sem dinheiro, o candidato que intensificar suas caminhadas e investir no jingle grudento pode levar vantagem.

O momento é delicado também para a Justiça Eleitoral, que deve intensificar a fiscalização. Na reta final bate o desespero em alguns palanques e a possibilidade de compra de votos e a prática de outros crimes eleitorais podem ser mais perceptíveis.

Dizer que a eleição foi boa até é exagero, mas poderia ter sido pior. Faltou debate, faltaram propostas inovadoras e faltou interesse do eleitorado. Ainda há uma esperança de que nesta última semana, a coisa esquente. Mas tudo indica que vai ficar para o segundo turno mesmo.

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