A manhã desta terça-feira (10) foi tomada por uma manifestação no Centro de Vitória. Parte da população que lá estava defendendo o governo do PT sofreu a repressão das forças de segurança do governo do Estado, que está ligado ao grupo que articula o golpe. Mas a coluna sentiu falta no protesto do movimento sindical.
Tudo aconteceu à revelia do movimento sindical, que está completamente afastado das ruas e não é de hoje. A situação é séria, afinal, quem deveria controlar e se apresentar à frente do protesto é o movimento sindical. Mas não se viu as lideranças das categorias na rua.
Mesmo diante da grave crise política do País, que visa a tirar do poder o governo dos trabalhadores, o movimento sindical ainda não entendeu a necessidade de tomar as rédeas das manifestações de rua. Parece que ao se afastar deste espaço, não está sabendo como retornar para esse espaço. E o pior está perdendo esse espaço para a direita.
Diante da crise, o movimento sindical deve deixar de lado suas brigas internas, sua luta pela perpetuação do poder dentro dos sindicatos e se unir. As centrais deveriam tomar à frente para essa retomada. Pela omissão do movimento, o governo do PT se tornou alvo de um jogo político que vem se configurando em um golpe.
Uma vez tendo conseguido seu objetivo, a direita senta na cadeira e a partir daí, todas as conquistas dos trabalhadores até aqui vão estar em um sério risco. Veja quem está por trás dessa movimentação em nível nacional, a Fiesp, não dá para acreditar que o movimento sindical vai permitir essa tomada, sem resistir.
É hora de o movimento acordar, ir para a rua e lutar pelo que foi conquistado até aqui, além de brigar pela ampliação das bandeiras de luta. Ou acorda agora, ou tudo estará perdido.
Acorda, peão!
