Sexta, 19 Abril 2024

??s moscas

Interessante como o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM/foto), e o governador Renato Casagrande tentam tratar as constantes faltas de quorum nas sessões da Assembleia Legislativa como algo muito natural. Mas não são. Nos últimos dias, a situação chegou ao limite do ridículo, com quatro suspensões e 11 projetos aguardando votação, enquanto os deputados-candidatos, 13 ao todo, se dedicam às campanhas. A Casa ficar entregue às moscas em período eleitoral não representa nenhum ineditismo. Mas levanta uma questão que não pode passar batido: a manobra dos parlamentares para driblar o regimento interno, garantindo presença e os gordos salários no final do mês. A postura de comparecerem à sessão, registrarem presença e depois desaparecerem não é lá sinal de honestidade, convenhamos. O mínimo que se esperava daqueles que disputam a eleição era o pedido de licença. Mas apenas três o fizeram – Luciano Rezende (PPS), Solange Lube (PMDB) e Marcelo Coelho (PMDB). E, mesmo assim, para Ferração está tudo ótimo. A prática, salvo as diferenças de tempo é lugar, lembra a época estudantil. Mas o nome era outro: cabular aula. 

 

 
A propósito...
Emprego bom esse, hein!
 
Contando moeda
Ao que parece, a seca de recursos financeiros na campanha eleitoral deste ano é prolongada, com chances de durar até o pleito de outubro próximo. Os empresários fecharam os cofres e não estão interessados em molhar a mão dos candidatos. O próprio caso do mensalão pesa contra. Arriscado muitos não resistirem, principalmente os que disputam prefeitura. Dureza!
 
Preto no branco
Por falar nisso, chama atenção que os candidatos a prefeito dos municípios da Grande Vitória e cidades-polo do interior ainda não tenham apresentado a prestação de contas dos recursos arrecadados para a campanha. Eles têm até domingo para entrega da documentação. Antes, isso só precisava ser feito após o pleito, quando já não tinha poder algum de influência na disputa. Mas a legislação mudou e o buraco agora é mais embaixo. 
 
Preto no branco II
Até agora, predominam na prestação gastos em serviços e nada de dinheiro em espécie. A maioria referente à confecção de santinhos e doação de carros – alguns com motoristas. Grandes empresas ainda não deram as caras. A conferir. 
 
Só piorou
Em Colatina (noroeste do Estado), está mais do que claro que o escândalo do Iases/Acadis atingiu em cheio o candidato a prefeito Da Vitória (PDT). Mas mesmo se a operação policial que desvelou a corrupção no órgão não tivesse ocorrido em período eleitoral, as possibilidades do deputado estadual no pleito seriam limitadas. É considerado um político desamparado. 
 
Segue...
É que Da Vitória não tem trânsito nas áreas empresarial e social, nem na Igreja Católica. Ele apostou todas suas fichas na imagem consolidada do deputado federal Paulo Foletto (PSB). Mas complicou até para o socialista bater no peito e defender o candidato do seu grupo.
 
Agora foi
O deputado estadual José Esmeraldo (PR) resolver oficializar, de fato, seu apoio à candidatura de Iriny Lopes (PT) em Vitória. Carreata realizada nesta quinta-feira (30), na Enseada do Suá, contou com manifestações efusivas do republicano em favor da ex-ministra. Entrou de cabeça na campanha. O PR, só pra lembrar, firmou aliança com Luciano Rezende (PPS). Mas, para isso, barrou a candidatura do próprio Esmeraldo. 
 
Quem diria
Outro que estava junto no movimento de campanha de Iriny foi o vice-governador Givaldo Vieira. Mas, digamos, de maneira bem mais contida, praticamente um cumprimento protocolar. Embora tenha falado até em nome do governador Renato Casagrande, não foi muito convincente em sua declaração de apoio. Entrou no bolo quase que obrigado. Esse foi o tom. 
 
Quem diria II
Também pudera. Givaldo integrou as movimentações de bastidores de um grupo de petistas contra a candidatura de Iriny, para favorecer interesses do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Mas o golpe não vingou, por resistência da própria deputada federal. 
 
140 toques
“Em frente à Fafi, no Centro (de Viória), placa no meio da calçada é um exemplo do desrespeito à acessibilidade”. (Vereador Serjão Magalhães – PSB – no Twitter).
 
PENSAMENTO:
“Creio que a opinião política de um homem é o próprio homem”. George Sand

Veja mais notícias sobre Colunas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 19 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/