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Saída para Casão é a rua

A eleição municipal de 2016 vai se centralizar no governador Paulo Hartung (PMDB) e no seu antecessor Renato Casagrande (PSB), cada um, naturalmente, com as suas conhecidas estratégias: PH armando por debaixo dos panos, roubando peças de Casagrande, e Casagrande, do jeito dele, mantendo os espaços já conquistados.

 

Mas em alguns momentos eles devem ficar juntos, com o mesmo candidato, como na disputa da Serra, com a probabilidade de Casagrande subir no palanque do prefeito Audifax Barcelos (Rede), que tende a ser também o mesmo do governador. Há outros municípios, de menor importância, onde essa situação também poderá ocorrer. 

 

Mas essa regra não é geral. As eleições municipais medirão as possibilidades dos dois. E, medindo, não é sem outra razão que PH manobre a eleição em Vitória, no sentido de inflacionar de nomes para impedir que o prefeito Luciano Rezende (PPS) ganhe novamente, já que, na Capital, os resultados costumam ser devastadores para o candidato do governo.
 
Nessa disputa em Vitória, o ex-governador ainda não assumiu que o simples apoio ao Luciano não basta para o “esquemão” que PH está aprontando. Ora, se Casagrande é o nome forte em Vitória, como também nos demais municípios da região metropolitana, é onde precisa estar presente e sair dessa condição de mero apoiador. Afinal, o de Casagrande está na reta.

Do contrário, Luciano vai ficar correndo atrás de fazer os 30% que todo prefeito pode garantir com a máquina na mão. Quem tem que ganhar as eleições em Vitória é o socialista, por meio do prefeito.

 
Fator favorável a Casagrande: ele é bom de rua. Enquanto Hartung  rege o jogo atrás da cortina. No jogo aberto, é melhor para o ex-governador. Agora se ele ficar nessa de disputar prefeito, lideranças municipais, deputados e etc, vai entrar no jogo de PH. O negócio dele é rua. Quem ganhou na Grande Vitória (eleições para o governo em 2014), onde estão mais de 60% do eleitorado, foi ele. E na rua.
 
Voltando ao caso da Serra, não dá para dividir o resultado do apoio a Audifax com Hartung porque, desta forma, irá favorecer o governador. Casagrande vai ter quer arranjar um candidato para botar debaixo do braço no município e ir com ele para a rua. Foi o socialista quem também ganhou as eleições para o governo por lá. 
 
Tem que ser com alguém a tiracolo, que poderia perfeitamente ser o deputado estadual Bruno Lamas, do seu partido. Mas Bruno está tratando já de sua reeleição, ocupando cargos na prefeitura da Serra e do governo Paulo Hartung. Se não pode contar com ele, tem que arrumar outro. O seu ex-vice-governador, o deputado Givaldo Vieira (PT), também é candidato.

Voltar a ser governador, é utilizar-se das eleições municipais para ganhar as ruas novamente. No gabinete, como está, vira comida de onça.

Bom, mas isso é problema do Casagrande. 

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