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São 16 velinhas, mas nada de bolo

Com acontece com quem está vivo, a coluna acumulou mais um aninho. Há 16 anos vamos, eu e ela, desafiando as  intempéries virtuais, sempre lembrando que nem tudo que se conta é verdade, mas nem tudo que se inventa é mentira. E nada melhor para comemorar o auspicioso evento que recordar as muitas vezes em que falei de amor nesse espaço, pois em qualquer situação, o amor adoça o texto e empurra a vida.
 
2004: O conceito de amor muda com o tempo e os lugares, dependendo da cultura, do estilo, da época e da classe social. Como tudo mais na vida, pois somos todos produtos do meio. No tempo dos meus pais, quando o namoro ficava mais sério, o rapaz levava uma camisa suja para a pretendente lavar. Prova de amor era mostrar que saberia cuidar das roupas dele e mantê-lo bem alimentado.
 
2005: Nunca é tarde para as reviravoltas do destino. O príncipe frustrado finalmente rompeu as pesadas amarras da tradição e assumiu publicamente seu amor proibido por uma plebeia Talvez por isso nunca venha a ser rei, mas por que não aproveitar o resto de amor que a vida ainda lhe reserva? Quem diria que Charles e Camila se tornariam o símbolo do amor verdadeiro, num tempo em que as princesas correm atrás dos astros da vez.
 
2006: Frida veio da Alemanha, Salim veio do Líbano, e nenhum deles falava a língua um do outro, nem o português. Essa torre de Babel não os impediu de se apaixonarem, casarem, terem muitos filhos e viverem felizes até que a morte os separou… Eram tempos em que os casamentos, feitos de matéria prima mais nobre, duravam para sempre.
 
2007:  Dizem que amor com amor se paga, mas qual a medida do amor? Ele diz, Meu amor é o maior do mundo; ela diz, O meu é maior ainda. Mas como se mede o amor? Existem tantas medidas, tantos parâmetros, qual deles se aplica ao amor? Sendo o amor tão importante no mundo – sem amor não existiriam as civilizações, sem civilizações não existiria a história – por que não criam um “amômetro“, um aparelho de alta precisão para medir o amor?
 
2008: Nos quesitos beleza, valor e durabilidade, o Taj Mahal é o mais lindo presente de amor que já foi dado.  Mas a beleza do gesto é ainda maior que a beleza do monumento – estando a esposa morta, o príncipe não esperava nada em troca. 2010:  Nos romances antigos, se Denise era linda e melancólica, sabíamos que era um drama de amor impossível; se Bárbara era alegre e irrequieta, com certeza era uma comédia romântica.
 
2011: Nas bodas de Peleus e Thetis, Eris, deusa da discórdia,  introduziu a maçã de ouro com a inscrição: “Para a mais bela!”. Hera, Atenas e Afrodite disputaram a maçã. Páris, príncipe de Troia, teve a honra de decidir, e escolheu Afrodite, porque ela lhe prometeu o amor da mulher mais bela do mundo: Helena. Foi o ato de corrupção mais caro de todos os tempos.

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