domingo, fevereiro 9, 2025
24.9 C
Vitória
domingo, fevereiro 9, 2025
domingo, fevereiro 9, 2025

Leia Também:

Se procurar…

Fim de linha para o deputado estadual Euclério Sampaio (PDT) na sua missão de investigar a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). Com a oficialização, nessa terça-feira (18), da demandada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos deputados Gilsinho Lopes (PR), Padre Honório (PT) e José Esmeraldo (PMDB), somada aos efeitos da bomba da Lava Jato na classe política do Estado, difícil vai ser arrumar na Assembleia quem esteja disposto a mexer em mais esse vespeiro. Principalmente agora, com o campo de investigação ampliado para além das denúncias sobre prestações de serviços e taxas abusivas, até então, os alvos da comissão. Fora os três deputados que retiraram seus nomes do requerimento – aliás, um vexame – após pressão palaciana, os outros sete mantiveram sua posição. Mas colocar a boca no trombone, mesmo, só Euclério, Sérgio Majeski (PSDB) e Da Vitória (PDT). É que as delações e listas da Odebrecht, que envolvem o governador Paulo Hartung (PMDB), senadores, deputados, prefeitos e etc. jogaram luz sobre os contratos milionários firmados pela Cesan com a empreiteira no Estado e as relações estabelecidas no meio – diretores da companhia, ligados ao governador, atuaram em cargos estratégicos da Odebrecht. Só pelo silêncio da Casa em tratar do assunto que virou o maior pesadelo dos políticos nos últimos dias, já dá para imaginar o tanto que os deputados estão correndo da CPI da Cesan. É muito abacaxi, para pouca Assembleia.
Dormiu no ponto
O deputado estadual Esmael Almeida (PMDB) apareceu somente nesta quarta-feira (19) na tribuna da Assembleia para se justificar sobre a inclusão de seu nome na lista de beneficiados da Odebrecht, divulgada há cinco dias. Teve segunda e terça para isso, fora os outros meios, como redes sociais, e nada! Alguém explica?
Dormiu no ponto II
E depois de tantos dias, ainda fez uma defesa fraca, fraca. Apontado nas planilhas da empresa como “Canário”, cuja doação de R$ 50 mil na campanha de 2010 teria sido feita por ele aparecer como uma aposta na defesa de concessões e privatizações, Esmael alegou que suas bandeiras são outras, a família, a igreja e o meio ambiente, e completou: “Sei que muitos segmentos da sociedade não estão satisfeitos com a minha luta em favor dos valores cristãos”. Ah, ‘tá’, agora convenceu.
Forçou
A propósito, meio ambiente como bandeira desde quando, deputado?
Manda quem pode…
Pergunta de Da Vitória (PDT) nas redes sociais: “Qual motivo de tanta pressão para que esta investigação [CPI da Cesan] não aconteça? O povo quer e precisa de transparência”. Algo a dizer, Padre Honório, Gilsinho Lopes e José Esmeraldo?
Imperador
Um dos poucos da classe política que não está em silêncio sobre o escândalo da Odebrecht, Sérgio Majeski (PSDB) soltou mais uma em seu Facebook: “Acho que a Odebrecht deve um pedido de desculpas aos baianos”. 
Telhado de vidro
Se Hartung já não colocava a cara nas redes sociais desde a grave crise da segurança pública, para evitar o tiroteio, imagina agora. O Facebook dele continua parado no dia dois de fevereiro. Qual o sentido? Exclui, porque está feio.  
Mantra da vez
A propósito, os dias passam, as delações envolvendo o governador continuam repercutindo no Estado e no País, e ele só repete uma palavra: delírio. 
Sei!
A classe política lembra dos índios de Aracruz, norte do Estado, apenas no Dia do Índio. Nesta quarta-feira (19), tem mensagem para todo lado. No resto do ano, a luta dos Tupinikim e Guarani é renegada e criminalizada. Oportunismo? Não, bobagem.
140 toques
“As contas de campanhas eleitorais nababescas irrigadas com propinas estão a mostra. O que fez o TSE esse tempo todo? Fingiu que fiscalizava?”. (Ex-vereador de Vila Velha João Batista Babá – PT – no Twitter).
PENSAMENTO:
“Ter ideias políticas é o modo mais simples de não ter ideias”. Fernando Pessoa

Mais Lidas