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Sem alianças à esquerda

É praticamente impossível uma coligação do Partido dos Trabalhadores (PT) com o Psol no Espírito Santo, segundo dirigentes desse partido, que expõem uma ferida que consome os partidos de esquerda no Brasil e contribuem para uma histórica luta sem avanços significativos.

Trata-se do abandono de conceitos e estratégias que formaram a  base para a fundação de partidos e movimentos sociais, que depois são sequestrados pelo capital financeiro.  

 
Com propriedade, o Psol levanta questionamentos que deveriam merecer autocrítica do PT, considerando que alguns pontos representam fortes pilares para a crise atual do partido, o que coloca em risco a própria existência da sigla, sem falar no desprestígio de muitos de seus dirigentes.

 

Não há como negar que o os governos petistas mudaram o perfil do Brasil, colocando o país bem acima do que administrações anteriores. No entanto, se omitiram em  áreas essenciais capazes de operar transformações em setores que historicamente dominam a vida dos brasileiros. 

 

A incapacidade de promover uma reforma política de fato, a regulação da mídia, a redemocratização do Estado brasileiro e outras mudanças estruturais extremamente necessárias para garantir direitos e reduzir privilégios são verdades que podem ser divisadas no contexto atual.

 

Em mais de uma década no poder, o PT não abriu um debate aberto sobre o  controle do capital financeiro, taxação as grandes fortunas e, de uma forma  especial, a dívida pública, que consome quantias estratosféricas do PIB nacional. 

 

As concessões feitas pelo PT desvirtuaram suas ações programáticas e, assim, levaram o partido à vala comum de todos os outros. No Espírito Santo, há um dos claros exemplos dessa postura. 

 

Como entender que deputados petistas façam parte da base do governador Paulo Hartung (MDB) na Assembleia Legislativa ou aceitar que o ex-prefeito de Vitória João Coser se transforme em aliado fiel desse mesmo governo?

 

O distanciamento de questões que nortearam a fundação do partido e  a tentativa de coalização com as elites, sem qualquer enfrentamento, colocaram o PT num barco sem rumo, sob o controle do capital financeiro.
Houve significativos avanços sociais, isso é inegável. No entanto, a submissão ao status quo em nível internacional, com reflexos desastrosos no Basil, foi uma das marcas dessas adminsitrações. 

 

O PT colhe hoje o que plantou e sente a falta de frutos que não vingaram em decorrência da omissão em acertar distorções históricas, como a supremacia do capital financeiro nas ações de governo.

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