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Sem rumo

Nessa terça-feira (13), o deputado estadual Cláudio Vereza (PT) recorreu à ironia para tentar amenizar o clima tenso que se estabeleceu durante a sessão ordinária. Ele disse que a troca de “gentileza” entre os deputados deveria ser uma referência ao Dia da Gentileza.

Os nervos estão à flor da pele na Casa. No afã de defender a reeleição do presidente Theodorico Ferraço (DEM), alguns parlamentares deliberadamente passaram a atacar o candidato em potencial à presidência, Roberto Carlos (PT). Sem necessidade e grosseiro.

O governo do Estado começa a se preocupar com o tom das falas de alguns deputados, sobretudo, dos republicanos Gilsinho Lopes e José Esmeraldo, que criam instabilidade na relação entre governo e Assembleia. O diálogo fica cada dia mais difícil.

Ao mudar o plano de conversa entre o governo e Assembleia, que antes era vertical, de cima para baixo e sem questionamentos, para um plano horizontal, os deputados parecem estar perdidos. As demandas levadas à Casa Civil são ouvidas, anotadas, mas as respostas não vêm e os deputados querem cobrar, mas às vezes fica a impressão que perdem o ponto.

Há quem diga que as insatisfações de Esmeraldo e Lopes servem como caixa de ressonância da Assembleia, mas não é bem assim. No plenário, cada deputado defende o seu e as demandas são as mais diversas. Quem ganha com a falta de comunhão de ideias é o governo, que vê uma tentativa de pressão atabalhoada. Mas isso não é bom para o cenário político, nem para os deputados, nem para o governo.

Para acalmar os ânimos, Casagrande deu aval para se iniciar a discussão da PEC da reeleição, mas isso não basta, a Casa tem movimentos em outros sentidos também. Basta ver o número de adesão, de 22 assinaturas no primeiro documento, agora são 11, a metade.

Não que Theodorico terá dificuldades em construir sua candidatura, mas diante das incertezas futuras, a Casa está mais cautelosa e não deve tomar nenhuma decisão sem ouvir o governo e não será o chiado de um ou outro deputado que vai dar o tom da conversa.

Em cada cabeça, uma sentença. Caberá ao governador a capacidade de mostrar que, se reeleito, Ferraço não vai dar as cartas como pretendia antes. Não será chutando a porta, mas com tudo muito bem conversadinho.

Fragmentos:

1 – Tudo indica que a nova eleição para a prefeitura de Guarapari deve ser um novo ringue de disputa entre o governador Renato Casagrande e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB).

2 – Aparentemente Hartung leva vantagem nesse embate de bastidores, não por conta de seu prestígio político, mas porque está do lado do prefeito Edson Magalhães (PPS), que apesar de tudo, ainda é muito forte no município.

3 – Em Linhares o comentário é de que uma rádio ligada ao prefeito Guerino Zanon (PMDB) tem elevado o tom contra o prefeito eleito Nozinho Correa (PDT), mesmo depois da eleição.

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