quarta-feira, abril 30, 2025
22.9 C
Vitória
quarta-feira, abril 30, 2025
quarta-feira, abril 30, 2025

Leia Também:

Sem segunda chance

A paciência do eleitor parece estar cada vez mais curta. A desilusão do eleitor com a política e com os políticos, principalmente, vem fazendo com que o tão sonhado segundo mandato seja um objetivo cada vez mais distante de ser realizado. 
 
Os prefeitos eleitos em 2004 na Grande Vitória, por exemplo, tiveram direito à reeleição e se elegeram, exceto Audifax Barcelos (Rede), que na época estava no PDT de Sérgio Vidigal e o partido não lhe deu a legenda para disputar a reeleição. Se tivesse entrando no pleito naquele momento, teria se elegido. 
 
Mas Helder Salomão se reelegeu em Cariacica e João Coser em Vitória. Ambos os petistas chegaram às cadeiras de prefeitos em 2004 e tiveram direito à reeleição em 2008. Max Filho foi eleito pela primeira vez em Vila Velha em 2000 e se reelegeu em 2004, e com um dos melhores desempenhos do Brasil em número de votos.  A situação é muito diferente de todos os prefeitos  da Grande Vitória hoje. 
 
Não há como apontar um dos atuais gestores e dizer: esse vai se reeleger com o pé nas costas. Nenhum deles tem garantida a segunda chance, o direito de dar continuidade ao projeto, como gosta de defender a classe política. A ideia hoje é de que se não está bom, muda. 
 
A própria classe política já começa a entender isso, ou então, essa proposta não teria entrado na minirreforma política. Esta eleição será a última em que os gestores municipais poderão disputar o segundo mandato. Mas, pelo jeito, os que estão hoje nas gestões vão ter muito mais problemas para conquistar essa segunda etapa. 
 
Quem vai entrar em 2017 terá apenas quatro anos para mostrar trabalho.  Na mesma intensidade em que a paciência do eleitorado tem diminuído, a exigência pela excelência do gestor tem aumentado. Por isso, o desgaste das imagens dos gestores pode inviabilizar outras disputas também. 
 

Mais Lidas