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Será mesmo?

O governador Paulo Hartung tem feito um trabalho muito forte para tentar se colocar em posição de destaque no cenário nacional. Ainda bem, para ele, que as idiossincrasias incutidas em seu discurso não são exploradas pela mídia nacional, senão a projeção poderia não ser assim tão impressionante.

A grande façanha que Hartung apresenta para sustentar seu status de grande economista é o fato de estar pagando em dia o funcionalismo público, apesar da crise, sempre usando o Rio de Janeiro como exemplo do que não se fazer. Esse argumento, porém, é relativo. Evidentemente, a crise no Rio de Janeiro é causada por uma desorganização administrativa e a corrupção revelada por seus últimos governantes.

Mas, vamos relativizar a coisa. O Espírito Santo tem pouco mais de 90 mil servidores,  o Rio de Janeiro tem 233 mil funcionários. O Orçamento do Rio de Janeiro foi R$ 58 bilhões, com déficit de R$ 19 bilhões. Uma situação crítica.

Quando assumiu o governo, Hartung disse ter encontrado um rombo nas contas públicas de R$ 1,5 bilhão, o que o fez promover uma política de cortes de gastos. Com o arrocho nos servidores, o Estado “voltou aos trilhos”, logo, não há o que reclamar.

Como podemos ver, a coisa não era tão feia se comparada ao Rio de Janeiro. O déficit de Hartung poderia ser facilmente transformadosem superávit, se fossem incorporadas os cerca de R$ 4 bilhões em renúncias fiscais que são concedidos à boca miúda, sem transparência no Espírito Santo. Há uma forçada de barra para que o governador do Espírito Santo seja apresentado como o grande gestor de um Estado, com base apenas em sua planilha de ativos e passivos zerada.

Mas por que há esse equilíbrio? O equilíbrio existe porque os investimentos não foram feitos, estão sendo feitos agora. Só viatura entregue não resolve o problema da segurança; o sucateamento das escolas e das unidades de atendimento à saúde segue cada vez mais grave, mas a gestão de alguns Oasis em meio ao caos, como a Escola Viva, foi entregue à iniciativa privada como bem gosta o povo do mercado, que festeja Hartung como o grande modelo de gestor.

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