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Sobe balão

A disputa eleitoral do próximo ano está cada vez mais recheada de incertezas. Neste contexto, todo mundo pode dizer que é candidato a tudo e na verdade não ser candidato a nada. O único nome na disputa de fato é o governador Renato Casagrande, que vai para o pleito de qualquer jeito. 
 
Mas como testar a temperatura do mercado é válido a qualquer momento, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) iniciou um movimento de aquecimento de seu nome para a disputa.
 
Embalado pelo encontro com os caciques do PMDB nacional na semana passada, no qual o partido colocou a importância da candidatura própria no Espírito Santo, Ricardo Ferraço reuniu lideranças locais para debater o assunto. Também quer encontro com os prefeitos do partido. Tudo com “muita cautela”. 
 
O fato de o vice-presidente da República Michel Temer orientar o PMDB a lançar candidatura própria no Espírito Santo não é necessariamente uma novidade. Disse isso em 2012 na disputa de Vitória, com olhar desejoso para Paulo Hartung. Assim como determinou, em 2010, que o então governador fizesse campanha para Dilma no Estado. 
 
As orientações da nacional não são exatamente um mantra repetido pelas lideranças do PMDB local. Ricardo Ferraço querer erguer uma candidatura ao governo, também não tem ineditismo. Falta muito tempo. Essa movimentação toda pode ser só espuma. Que ele quer, ele quer. Mas daí a entrar mesmo na disputa tem uma diferença enorme. 
 
Tudo vai depender das observações sobre o movimento do mercado que são feitas pelo grupo ao qual Ferraço pertence. As investidas – sejam nas articulações, sejam na imagem – sugerem que ele é candidato. Há quem diga que Ricardo estaria buscando uma atuação solo, tentando se afastar de Hartung. 
 
Mas as movimentações dele e do grupo têm ainda muito o perfil de Hartung de desviar o foco para um lado, quando o grupo na verdade mira para outro. Pelo menos o objetivo inicial o grupo vem conseguindo com êxito. Confuso o mercado está, e muito. 
 
Fragmentos:
 
1 – O ex-governador Paulo Hartung tem dificuldade em convencer que nunca existiu convite para que ele se filiasse ao PDT. Para o público em geral pode até passar, mas para a classe política não cola mais.
 
2 – A intenção seria a de ir para um partido menor para disputar o Senado sem perder o controle do PMDB e do PSDB, onde seus aliados colocariam candidaturas para enfraquecer o projeto de reeleição do governador Renato Casagrande.
 
3 – Não é só Hartung que escreve artigos como quem esqueceu sua passagem pelo governo. O texto de Haroldo Correia Rocha não parece ser de quem comandou a Secretaria de Educação no Estado.

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