Quarta, 24 Abril 2024

Um novo homem

Nos meios políticos é muito conhecido o sistema do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) de manter sempre unido um seletíssimo grupo de aliados que o acompanham desde o movimento estudantil. O grupo independe de partidos políticos ou cargos públicos e se movimenta de acordo com as ações do ex-governador.



O grupo, apesar de fechado, parece estar ganhando um novo membro. O presidente do Bandes,Guerino Balestrassi, está deixando o PTB, vem se movimentando em direção ao grupo de Hartung e já desempenha papeis importantes nesse meio.



Um deles é o trabalho de interlocução política na aproximação do ex-governador com o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PSDB), de cuja campanha Guerino vai participar. Não levando votos, assim como também não levará para o palanque de Luiz Paulo Vellozo Lucas em Vitória. Afinal, o capital político de Balestrassi está em Colatina (noroeste do Estado).



Depois da incapacidade do presidente do Bandes em conseguir um bom posicionamento político para disputar uma campanha de projeção estadual ou nacional, após deixar a prefeitura de Colatina, em 2009, Balestrassi parece ter desistido da política eleitoral. Sai da frente do palanque e passa a trabalhar nos bastidores.



E um bom trunfo para isso, ele tem. Mesmo tendo rusgas com o governador Renato Casagrande pela saída nada amigável do PSB em 2008, o ex-prefeito de Colatina foi mantido no governo, dentro daquela cota da equipe comandada por Hartung, no compartilhamento da nova gestão.



O problema é que com o fim do Fundo de Desenvolvimento Portuário (Fundap), a atuação do Bandes ficará restrita. Mas, pelo jeito, para a campanha deste ano, o presidente do banco terá bala na agulha. Seja pelo que ainda resta do banco, seja pelos contatos que fez à frente da instituição. Em tempos de vacas magras para os candidatos, a presença de Balestrassi no palanque pode representar um caminho para irrigar financeiramente as campanhas.



Fragmentos:



1 – Ao pensar em Theodorico Ferraço (DEM) como um escorpião, como sugere a coluna de Andréia Lopes, em A Gazeta desse domingo, inevitavelmente, penso na obra de Davi Arrigucci Júnior, sobra a obra de Julio Cortázar, intitulado “Escorpião encalacrado”.



2 – Theodorico tanto fez, prometendo o que não podia cumprir para os servidores e se movimentando para garantir uma recondução à presidência da Assembleia, que acabou se enrolando.



3 – O escorpião, assim como Ferraço, é um bicho tão perigoso e intempestivo, que em um golpe desatento pode picar a própria calda.

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