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Um olho lá e outro cá

Nesta segunda-feira (25) deve acontecer na Câmara dos Deputados a votação do relatório final do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) sobre a reforma política. O relatório seria lido nessa terça-feira (19), mas teve de ser adiado porque o clima não estava nada amistoso. Para as lideranças políticas de todo o País, essa discussão está sendo acompanhada como final de campeonato mundial de futebol.

Entre os pontos polêmicos do projeto está o que cria o chamado sistema “distritão” nas eleições proporcionais, garantindo a cadeira a quem tiver mais votos, acabando com a eleição por quociente ou média. Também prevê um teto para o financiamento privado de campanhas e reduz os mandatos de senadores de oito para cinco anos.

O mais interessa aos atores políticos que visam à disputa de 2016, porém, é a parte que fala da unificação das datas eleitorais. Este é um ponto que tem mais adeptos na Casa e muita gente aposta as fichas de que o País está prestes a acabar com as eleições de dois em dois anos.

Os mandatos seriam de cinco anos e sem reeleição. Aí vem a dúvida, há quem jure de pé junto que não haverá eleição no ano que vem e os prefeitos atuais teriam os mandatos estendidos por mais dois anos. Dificilmente essa proposta passaria, com os adversários dos mandatários com a faca nos dentes, imagine o tamanho da pressão.

Outra proposta, mais viável, é a de que a eleição de 2016 será para um mandato tampão, de dois anos, e aí a dúvida que bate é: se haverá o fim da reeleição, vai valer a pena disputar uma eleição e cumprir apenas dois anos de mandato?  

Dúvidas como essas tem feito com que algumas lideranças dadas como pule de dez se movimentem de forma muito discreta, com um olho nas articulações locais e outro no avanço da discussão em Brasília. Para valer para a próxima eleição, as regras devem ser estabelecidas logo. Mas com tantos interesses em jogo, encontrar um denominador comum para as próximas eleições parece ser uma tarefa mais difícil do que se imaginava. No momento a impressão da classe política é de que tudo pode acontecer, inclusive, nada.

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