Está marcada para a próxima quinta-feira (25), a primeira audiência da ação coletiva aberta na Justiça de Nova York contra a Petrobras por investidores norte-americanos que alegam ter sofrido “prejuízos substanciais” com ações da BR compradas a partir de 2010 e desvalorizadas em 2014 após a divulgação da Operação Lava Jato, que descobriu pesadas falcatruas em contratos de serviços prestados por grandes empreiteiras à maior estatal brasileira.
Os especuladores, digo investidores querem indenização, pois se sentem lesados por promessas de grandes lucros com a exploração do petróleo descoberto nas profundezas da plataforma continental brasileira.
O fabuloso tesouro do pré-sal, que gerou polêmica no Congresso sobre o que fazer com seus royalties (prevaleceu 75% para a Educação e 25% para a Saúde), está fazendo água por todos os lados. Os advogados dos conspiradores, digo investidores se movem celeremente na expectativa de ganhar milhões de dólares. Com certeza o cinema americano vai lavar a égua com esse imbróglio internacional.
Se o problema da corrupção (estimado em R$ 6 bilhões pela diretoria da Petrobras) está aparentemente sanado, o caso da Bolsa de NY configura uma ameaça muito maior, algo como uma sangria a longo prazo, uma vampiragem institucionalizada no âmbito sagrado da Justiça.
Não nos enganemos: é o supremo capitalismo americano processando o reles capitalismo brasileiro.
Os EUA contra o Brasil. Um jogo cujas regras garantem o cumprimento dos contratos de remuneração dos investidores, em primeiro lugar. Em segundo lugar, tudo o mais rola no âmbito moral: esta é uma oportunidade de ouro para os norte-americanos darem aos brasileiros a lição que merecem por se arvorar a ser potência petroleira.
A Petrobras que se prepare para fazer “a lição de casa”.
Não vai sair barato.