Há dois cenários que devem ser considerados para as eleições no Espírito Santo este ano. Um caminho é a disputa ficar regionalizada, como aconteceu nos pleitos passados, considerando a tendência de composição entre as principais lideranças do Estado exceto, é claro, o senador Magno Malta (PR), que não entra em palanque que tenha Paulo Hartung (PMDB). Outro é a verticalização do processo.
A queda na aprovação da presidente Dilma Rousseff pode endurecer a disputa e aí o eleitorado relativamente pequeno do Espírito Santo fica com uma importância enorme. Pela interferência de lideranças nacionais até agora no processo, a tendência é esta.
Além do ex-presidente Lula, que estaria articulando um palanque alternativo para isolar Eduardo Campos, o PSB nacional também já enviou emissários ao Estado para cobrar do governador socialista Renato Casagrande o apoio ao presidenciável de seu partido.
Já o tucano Aécio Neves também interfere na discussão estadual. Ao mesmo tempo em que joga com a possibilidade de ter o palanque de Hartung, quer evitar o embate com Casagrande, devido ao acordo informal com Campos para levar a disputa presidencial ao segundo turno.
A chance de a disputa nacional passar ao largo do Espírito Santo é uma recuperação da popularidade de Dilma, mas com a proximidade da Copa do Mundo e os protestos que são prometidos País afora, dificilmente haverá uma recuperação tão rápida da presidente.
O primeiro semestre deve terminar com muita movimentação interna, mas de olho no cenário nacional. Além dos partidos que terão candidatos a presidente, as alianças nacionais em torno destas lideranças também vão influir no processo e aí também ficarão as proporcionais dependentes das intempéries do clima nacional.