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Veio tarde, mas veio

O anúncio da candidatura do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) a um cargo no Senado ou governo mexeu com a estrutura montada para o próximo pleito, pois até agora, a eleição para esses cargos majoritários estava na dependência de Paulo Hartung e de Renato Casagrande (PSB). Para tumultuar ainda mais, Majeski também está de saída do PSDB, em busca de um partido capaz de servir ao seu projeto. 
 
Não diria que Majeski é um lobo em casa de cordeiro nem afirmaria o contrário, mas de uma coisa tenho certeza, ele é “o novo” do processo eleitoral que se avizinha. Limpinho, limpinho. Coisa rara.
 
O ideal para Majeski seria enfrentar o governador Paulo Hartung, que a essa altura do processo eleitoral, está de vestimenta de candidato à reeleição. Até quando, não sabemos. 
 
A candidatura do deputado dá clareza também ao lenga-lenga do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), de que é candidato ao governo, o que nunca foi. 
 
Há de se prever que Audifax vá querer levar o deputado para o seu partido, até para que fique isento de ser candidato, contribuindo, desta forma, com a candidatura de Marina Silva à presidência da República. Não há, também, a mínima chance de Audifax entregar a prefeitura da Serra à sua vice, Márcia Lamas (PSB), que não lhe tem fidelidade e reserva muitas pretensões no município, além de carregar a tiracolo o filho Bruno Lamas (PSB), quem já fez deputado estadual.
 
Audifax é um nome de futuro e Majeski pode lhe abrir caminhos na nova geração, contribuindo com suas pretensões políticas nas próximas eleições.
 
E para onde vai Majeski? Segundo o articulista de Século Diário, Roberto Junquilho, o ideal seria ele ir para o PV. Não sei se é muito por aí, mas é um desafio para o deputado, pois ele próprio, em falas passadas, já eliminou a possibilidade de se filiar a um partido de extrema direita ou esquerda, preferindo situar-se mais ao centro, o caminho do meio.
 
Vamos arriscar qual é o partido que lhe assenta melhor. Sobre o PSB, de Renato Casagrande, que está igual a beija-flor à procura de companheira e mostrando todas as suas possibilidades, acho que Majeski pode quebrar a cara. Casagrande é um político que faz carreira visando suas próprias conquistas. Já o PPS, do prefeito de Vitória Luciano Rezende, também em conversa com o deputado, não muda nada, pois vai para onde o PSB indicar.
 
Talvez ele devesse pensar nos novos partidos, no qual incluo o Podemos, cujo candidato à presidência, senador Álvaro Dias (Paraná), tem o nome limpo como o dele. Poderia dar um bom casamento. 
 
Na verdade, Majeski acordou ainda em tempo de se inserir em um processo eleitoral que estava fadado a ser disputado, tanto para o governo como para o Senado, por nomes que já carregam a marca do enfadado para o eleitorado. Ele acredita que pode mudar esse cenário. Seria, para os capixabas, a representação do “iluminismo eleitoral” no Espírito Santo.

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