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Virou a casaca

 
Pelo que se conhece do governador eleito Paulo Hartung (PMDB) e do senador Magno Malta (PR) e, principalmente, da história política dos dois, que são antigos desafetos, não há como não desconfiar das reais intenções desse encontro “amigável” realizado nesta quinta-feira (16), na rádio evangélica de propriedade do republicano. Encontro este que serviu apenas para troca de gentilezas, ataques ao governo Dilma Rousseff, e reforço do discurso de vítima e criminalização adotado por Hartung – e, agora, por Malta – durante a campanha eleitoral, para não responder às graves denúncias que pesam contra ele. Quem ouviu o Magno desta quinta pela primeira vez, jamais imaginaria o duro embate que travou com Hartung nos últimos anos, em especial contra a elite capixaba. Foi, por isso, perseguido pelo governador eleito, que sempre temeu a metralhadora pesada do senador. Com o apoio selado entre os dois, Hartung elimina a única liderança política consolidada capaz de fazer frente aos seus projetos futuros. Mais do que nunca, tem a faca e o queijo na mão para mandar e desmandar na classe política capixaba. Resta saber o que saiu desse “acordão” e a que preço. Vem chumbo grosso por aí. 
 
Virou a casaca II
Magno, que sempre posou de cabra macho e enche a boca para falar que homem tem que ter palavra, queimou a língua. São comportamentos desse tipo que fazem com que a população tenha ojeriza da política e dos políticos. Os inimigos de ontem são os melhores amigos de hoje e vice-versa. Depende dos interesses em jogo.
 
Ego ferido
Assim como Hartung, Magno é acostumado a ser tratado como o todo-poderoso, mesmo com suas bandeiras pra lá de conservadoras e questionáveis. Ele não engoliu o veto que levou no PR na sua intenção de ser candidato a presidente e está com sede de vingança da presidente Dilma Rousseff. A relação, que era de amor profundo, virou ódio. Tudo que Magno quer é impedir a reeleição de Dilma. 

Gancho

Na conversa com Hartung, nesta quinta, Magno usou a disputa presidencial, quando acusou Dilma de atacar Aécio Neves (PSDB), para levantar a bola ao governador eleito, que não perdeu tempo e repetiu a história do “ataque à família”. Magno, claro, fez coro. Tudo bem ensaiado. 
 
Pontos
Há outras questões a se avaliar: com possibilidade de fazer a diferença nas eleições deste ano, Malta não entrou na disputa e ainda foi totalmente omisso no processo, embora estivesse no palanque de Renato Casagrande; o PR saiu muito pequeno da disputa e precisa ser reerguido. Arranjos eleitorais à mesa. 

Secreto

A propósito, há quanto tempo Magno e Hartung conversam às escondidas, hein?

 
Poucos amigos
O senador, aliás, correu para postar a visita no seu Facebook e apresentar seu mais novo amigo. Só que a imagem mostra um Hartung nada confortável, assim como o vice-governador, César Colnago (PSDB). Não há sorrisos, nem abraços.
 
Nem aí
O deputado estadual Vandinho Leite (PSB) jogou a toalha. Não vai mais fazer o papel de líder de governo na Assembleia Legislativa. Já está nítido, embora ele negue.
 
Nem aí II
A derrota no pleito, mesmo com mais de 85 mil votos, abalou a relação com Casagrande e o PSB. Se o governador depender de Vandinho para melhorar o cenário na Assembleia, está perdido.
 
Campanha
Os militantes da Rede Sustentabilidade no Estado “tucanaram” de vez. Agora, são Aécio Neves desde pequenos. Quem digam Gustavo De Biase e Roberto Beling. 
 
140 toques
“As empresas de telefonia móvel celular estão de brincadeira com seus clientes. Impossível conseguir falar e concluir a ligação”. (Deputado estadual Marcelo Santos – PMDB – no Twitter)
 
PENSAMENTO:
“Na política, a mentira de ontem é atacada somente para bajular a de hoje”. Jean Rostand

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