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Cochicho da Penha vai virar tema de documentário

Mais: Cineclube em Vila Velha; Peça sobre mulheres negras; Cultura em Toda Parte; seleção de agentes de cultura

O Cochicho da Penha fechou, mas vai virar tema de um documentário com a produção de Eddy Aragão e direção de Klaus’ Berg Nippes Bragança, professor do curso de Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Ao contrário do que muitos podem pensar, a ideia não surgiu com o inesperado anúncio de fechamento do bar, pois conforme afirma Eddy, era uma proposta que vinha sendo pensada por Klaus há algum tempo.

Divulgação

O fechamento, portanto, antecipou o início dos trabalhos, realizado por uma equipe composta por oito pessoas. Inicialmente, o grupo entrevistou Dona Conceição e Seu Geraldo, donos do bar. Depois fez a cobertura da festa de despedida, organizada pelos próprios clientes nessa terça-feira (9) no Cochicho da Penha. Nessa sexta-feira (11), foram colhidos mais depoimentos do casal e de Cerqueira, o garçom mais antigo do estabelecimento, no último dia de funcionamento do bar. O próximo passo é “afinar o roteiro” e recolher imagens de arquivo, como fotos e vídeos.

Trajetória

O documentário conta a história do Cochicho, bem como as de Dona Conceição e Seu Geraldo, as transformações pelas quais o bar passou ao longo do tempo, e a influência dele no cenário cultural. Como foi preciso adiantar o trabalho por causa do fechamento do bar, de acordo com Eddy, o início das gravações foi feito “no amor, na loucura, com investimento próprio do diretor, que tinha algo guardado na conta”. A ideia, agora, é captar recursos para finalizar.

Pra ficar na memória 

Eddy afirma que frequenta o Cochicho há muito tempo e que o estabelecimento vai ficar em sua memória. Para ele, o bar era um espaço de “contato com a cultura, a arte, onde conheci muitos ritmos e tive educação musical e literária”. No Cochicho, conta, aprendeu “sobre muitas formas de expressão cultural conversando com os clientes, indo em lançamento de livros”.

Pra ficar na memória II

Pela multidão que compareceu à festa de despedida do Cochicho, o bar não foi especial somente para Eddy. Pessoas das mais diversas gerações estiveram no local. Foi um momento de reencontro com aqueles que não se via há muito tempo e com quem ainda faz parte do nosso cotidiano. As atrações musicais variadas, de artistas que passaram por ali durante a trajetória do bar, mostraram o quanto o Cochicho projetou vários artistas e bandas. A festa também foi marcada pelo carinho dos clientes com Dona Conceição, Seu Geraldo e Cerqueira, com quem muitos tiravam foto e que, em alguns momentos, foram aplaudidos efusivamente pela multidão.

Cineclube

Divulgação

O Cine Zona – Clube de Cinema e Leitura está percorrendo alguns bairros de Vila Velha com cinema de graça e debates sobre a literatura produzida no Espírito Santo. A próxima sessão será nesta terça-feira (16), às 19h, no espaço do cineclube Cine Por Elas, em Cristóvão Colombo. Durante o encontro será exibido o filme Como água para chocolate, adaptação do romance de mesmo nome da escritora mexicana Laura Esquivel. O Cine Zona também vai realizar a leitura de trechos e sorteio dos livros que inspiraram as obras, para promover o debate sobre adaptação de literatura para o cinema.

Peça teatral

O monólogo O Som do Meu Silêncio estará em cartaz nos dias 16 e 25 de julho, às 19h30, no Museu Capixaba do Negro (Mucane), e nos dias 18, 19, 20 e 21 do mesmo mês na Má Companhia, às 19h30. Nos dias 20 e 21, haverá apresentação extra gratuita, às 15h. A apresentação do dia 25 no Mucane também será gratuita. Nas demais, será cobrado R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia. Ambos os espaços são no Centro de Vitória. O solo teatral tem foco no silêncio da mulher negra e busca proporcionar espaço de fala às mulheres constantemente silenciadas.

Peça teatral II

Geanna Abreu

O Som do Meu Silêncio marca a estreia solo da atriz Luciene Camargo. O espetáculo começa autobiográfico e ganha dimensões coletivas à medida que a atriz escuta outras histórias e vivências. Também foi feita pesquisa documental e etnográfica, utilizada para ouvir narrativas vivenciadas por outras personagens mulheres, com o objetivo de enriquecer a dramaturgia e resgatar o eu coletivo da atriz.

Cultura em Toda Parte 

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult), o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA) e o Instituto Raízes abriram inscrições para propostas de atividades que envolvam a realização de oficinas, palestras, shows e espetáculos nas mais diversas linguagens artísticas, que tenham, obrigatoriamente, finalidade cultural, e sejam realizados de forma gratuita. As propostas farão parte da programação do “Cultura em Toda Parte 2024”, que contemplará eventos culturais com ações de formação, difusão e circulação cultural em 24 localidades do Espírito Santo.

Cultura em Toda Parte II

Serão selecionadas 144 propostas. A chamada pública é aberta para artistas, grupos culturais capixabas e demais interessados em integrar o programa. O cachê será de até R$ 6 mil. As inscrições podem ser feitas até 31 de julho, pelo Mapa Cultural. Serão consideradas apresentações em espaços culturais e alternativos, praças, auditórios, palcos e coretos, e oficinas e palestras com duração de 3 horas. O edital prevê 28 vagas para Contação de História, 45 para apresentações artísticas de até três artistas, 25 para as de quatro a seis artistas, e 12 para as de sete ou mais artistas, palestras e oficinas de três horas.

Seleção 

Estão abertas, até segunda-feira (15), as inscrições para a seleção de agentes de leitura do Projeto Lugares de Ler, que vai atuar em territórios em situação de vulnerabilidade social no Espírito Santo. Com remuneração mensal de até R$ 1,5 mil, os selecionados, preferentemente moradores ou pessoas com experiência de trabalho nas regiões designadas, vão atuar fomentando clubes de leitura e outras atividades relacionadas durante 10 meses. As inscrições podem ser feitas na plataforma Mapa Cultural.

Seleção II

Serão selecionados agentes culturais do Lugares de Ler em dez territórios, sendo três em Vitória (Piedade, São Pedro e Bairro da Penha), dois em Cariacica (Nova Rosa da Penha e Padre Gabriel), e um em Vila Velha (Terra Vermelha), Serra (Carapina), Guarapari (Jabaraí), Aracruz (Jacupemba) e Linhares (Planalto), todos eles parte do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado. Cada território formará seu clube de leitura com encontros semanais, que poderão incluir ações como contação de histórias, encontros com autores, oficinas de criação literária, e oficinas de aprofundamento e estudo em obras literárias.

Até a próxima coluna!

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