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Drama francês debate eutanásia através de relação entre mãe e filho

Yvette é uma senhora de idade avançada e descobriu que tem câncer. Este é o seu problema físico. O outro problema, não tão explícito, mas igualmente incômodo, se chama Alain Évrard, seu filho. É a história deste homem de meia idade que acompanhamos no drama francês Uma Primavera com Minha Mãe, dirigido pelo cineasta Stéphane Brizé.
 
Aos 48 anos, Alain leva uma vida um tanto sem direção; ele enfrenta grandes dificuldades para conseguir emprego e, agora, tem que voltar a viver com a mãe, na casa dela. A relação entre os dois é intricada. Até na aparência, eles se chocam. Como qualquer anciã, Yvette tem aparência frágil, porém a mulher revela grande força interior. Com sua barba por fazer, Alain transmite secura e rudeza. 
 

Mas o câncer da mãe o leva a repensar uma relação mais orientada por desentendimento que por congraçamento. Aqui entra o caminho da eutanásia, o grande tema do filme de Brizé: Yvette resolve acelerar o processo. Consciente de que sua situação é incontornável, ela passa a desejar uma morte digna, numa clínica na Suíça. Aí a relação muda para valer.

 
Pelo tema abordado e, mais, pela perspectiva escolhida para abordá-lo, Uma Primavera com Minha Mãe caminha num delicado fio entre o drama e o melodrama. Esta é mais uma colaboração entre Brizé e o ator Vicent Landon (que vive Alain). Os dois trabalharam em Mademoiselle Chambon (2009), filme anterior da diretora. 
 
Serviço
Uma Primavera com Minha Mãe (Quelques heures de printemps, França, 2012, 93 minutos, 16 anos) 
 
Cine Jardins – Shopping Jardins: Sala 2. 21h15. Terça não haverá sessão.

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