Idealizador por Evandro, do food truck Obanga, projeto reúne empreendedores do Centro
A Praça Irmã Josefa Hosanah, mais conhecida como Praça do Carmo e, mais recentemente, Praça do Obanga, no Centro de Vitória, vai abrigar mais uma iniciativa cultural vinda dos moradores da região. Neste sábado (9), das 15h às 20h, tem início o Centríssimo, projeto que será realizado sempre na primeira semana de cada mês na praça, com expositores que moram ou têm comércio no bairro.
“O Centríssimo tem como pretensão a retomada dos moradores e frequentadores do Centro a consumir arte e cultura local em praça pública, no formato de feirinha de bairro. É uma ode de amor ao Centro de Vitória”, diz Evandro Obanga, idealizador do projeto. Ele ressalta que o Centríssimo “é mais um espaço que se abre às artes, cultura e empreendedorismo criativo local”, junto com o Zeppelin Criativo, a Rua Viva do Arabá, a Thelema e a Caipora, “que já fazem esses movimentos, fazendo a economia circular no Centro”.

A primeira edição contará com 10 expositores convidados: Fernanda Hott, Elaine Cao, Gabriel Bolzan, Guilherme Estela, Renan Lubanco, Gabi Lima, Rozilene de Sá, Beatriz Sodré, Stael Magesck e Kmunga, que juntos, garantirão uma variedade de produtos, como artesanato, roupas e cervejas artesanais. Para participar das próximas edições, basta entrar em contato no direct do Instagram do projeto. A ideia é sempre reunir artistas e a gastronomia local e dar visibilidade.
A programação do Centríssimo abre com o lançamento do livro A luta pelo cinema: Memórias do cineclubismo no Espírito Santo, escrito por Lucas Schuina, jornalista, integrante do Cineclube Jece Valadão e repórter de Século Diário. Em seguida, haverá a apresentação do grupo de chorinho Regional Capixaba Dora e Os Aventureiros. A programação dará uma pausa às 17h para a missa na Igreja do Carmo, que fica em frente à praça.
Segundo Obanga, esse momento de pausa será também para as pessoas apreciarem a gastronomia local. A programação retorna às 18h, com DJ Renan Lubanco, e encerra com a estreia do grupo de congo Peroás de Casaca. De acordo com o idealizador do Centríssimo, o grupo se reúne quinzenalmente na praça para realização de estudos e oficinas de congo “e pretende ser o bloco de abertura do Carnaval de rua do Centro de Vitória”.
Stael, uma das expositoras, é proprietária do centro cultural Casa da Stael, na rua Sete de Setembro, há 18 anos. “Entendo que estou no movimento pelo Centro há tempos. Por isso, quando há outras pessoas engajadas, tenho que estar junto, fortalecer. Acho legal o movimento de nós para nós, fortalecer a economia local, os empreendedores regionais”, destaca.

Vida na praça
Para Evandro, o Centríssimo é a ocupação de “um espaço importante no coração do Centro, que antes estava inutilizado. Hoje ele vive com a gastronomia do Obanga e as outras demandas que os criativos trazem, como literatura, oficinas, saraus”. O idealizador do Centríssimo se refere ao fato de que a praça, que estava abandonada há décadas, passou a ser frequentada diariamente por diversas pessoas e a sediar atividades culturais e experiências gastronômicas.
Tudo começou, ou recomeçou, se levarmos em consideração que a praça já foi um lugar bastante movimentado, com a chegada do Obanga Gastronomia Criativa, um food truck que se instalou no local. Antigo proprietário de um bar na rua Barão de Monjardim, também no Centro, Evandro teve que fechar o estabelecimento após um deslizamento de pedras. Pelo fato de um bar “ser prazeroso, mas necessitar de muita dedicação”, resolveu não reabrir, mas passando pela Praça do Carmo e a vendo constantemente vazia, resolveu ao atender ao apelo dos amigos, que sentiam saudade e suas iguarias, e montou ali seu novo projeto.