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Slam Botocudos promove disputa de textos autorais no Parque Moscoso

O movimento do Slam Botocudos não é local. Ele é nacional e agrega muita gente que produz poemas, contos, crônicas, fábulas e qualquer tipo de texto que preze pela liberdade da escrita. “Nossa poesia é classificada de marginal, mas nós organizadores não ligamos muito para os títulos. A classificação não faz muita diferença. Quando as pessoas têm acesso aos nossos encontros, elas percebem que lá se pode falar de qualquer assunto e da forma que achar melhor. É possível falar de amor e também dos problemas sociais. O Slam Botocudos é livre”, afirma Jhon Almeida, um dos integrantes do Slam Botocudos Espírito Santo.
 
(ao lado, texto de um dos integrantes do Slam Botocudos, Janio Silva – exemplo das temáticas abordadas no encontro)
 
Jhon Almeida é MC, produtor de eventos e trabalha com literatura. Ele e mais cinco amigos envolvidos também com literatura se uniram para realizar o encontro do Slam Botocudos no Estado. Ele conta que o movimento é muito maior e já acontece em diversos locais. “O projeto é feito em São Paulo com representações nos outros estados, que vão competindo e podem até chegar ao Slam mundial, realizado na França”.
 
E para quem não conhece o que é de fato o Slam Botocudos, é simples: uma espécie de batalha de poemas/contos. Escritores se reúnem para apresentar seus escritos, que necessariamente serão declamados, com o tempo máximo de três minutos para cada um. Uma banca de três jurados, que podem ser previamente convidados ou até escolhidos exatamente na hora do evento, avaliarão os melhores – de acordo com critérios pré-definidos – eliminando os textos por três rodadas seguidas até se chegar ao vencedor.
 
A proposta não é criar embates entre escritores, mas sim fomentar a produção de literatura de forma a atrair quem nem se considera escritor. “O Slam é a forma que encontramos de pegar essa galera que está começando a escrever e potencializar essas pessoas que não estão na academia. Nós organizadores somos moradores de periferia e queremos mostrar aos jovens na mesma condição que o ato de escrever e se mostrar enquanto autor é possível, principalmente nesse momento de tantos saraus literários acontecendo nesses espaços. Nós recebemos certa crítica do pessoal que é mais velho de estrada e não gosta desse estilo de trabalhar a literatura, mas vemos que tem muito jovem que adora e realmente frequenta. E são essas as pessoas com quem queremos trabalhar”, acrescenta Jhon.
 
Neste domingo (3), o Slam Botocudos realiza mais um encontro no Parque Moscoso, Centro de Vitória, a partir das 17h. A ideia é manter por perto quem já está se acostumando a frequentar o evento, além de atrair novos interessados. Todos, sem distinção de idades, podem participar e levar textos. A única exigência é para que cada autor leve três textos para a a pequena arena organizada pelo projeto. “Só com o microfone, textos e a roupa do corpo já é possível fazer algo muito significativo”, finaliza Jhon
 
Serviço
 
O encontro do Slam Botocudos será realizado no domingo (3), a partir das 17h, no Parque Moscoso – avenida Cleto Nunes, Centro de Vitória. A participação é livre. 

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