Quinta, 28 Março 2024

‘Prefeitura de Vitória não garante nada à população de rua e ainda expropria’

lorenzo_pazolini_4_jansenlube_PMV Jansen Lube/PMV

A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória afirma ser contrária à ação da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos), que na manhã desta terça-feira (4) recolheu móveis de pessoas em situação de rua na região da Curva da Jurema. "A Prefeitura de Vitória não garante nada às pessoas em situação de rua e ainda expropria o pouco que elas têm para se manter com o mínimo de dignidade", diz o agente de pastoral Carlos Fabian de Carvalho.

Fabian salienta que móveis, colchões, lençóis e outros itens normalmente são entregues para a população de rua por meio de campanhas solidárias, e não através de ações do poder público. Para ele, existe na Capital "um processo permanente de higienização a partir da demanda de moradores que cobram a retirada das pessoas em situação de rua e seus objetos", mas que, o correto a se fazer, é formular políticas.

"O número de pessoas nas ruas aumentou, isso faz parte de uma crise estrutural, mas a Prefeitura quer resolver com higienização, da maneira que ela quiser, em vez de formular políticas. Se você tira um colchão, tem que identificar onde a pessoa vai dormir, se você tira um cobertor, tem que identificar com que ela vai se cobrir", diz, destacando que, embora Vitória tenha aumentado o número de vagas nos abrigos, isso não ocorreu de forma significativa.

Fabian recorda que, assim como acontece em 2022, que o ano se inicia com uma ação que causa prejuízos à população em situação de rua, em janeiro de 2021 a gestão de Lorenzo Pazolini também fez algo semelhante ao interromper a distribuição de marmitas para esse grupo. Na ocasião, cerca de 150 pessoas em situação de rua ficaram desassistidas com o fim do projeto Tendas do Bem.

Na ocasião, o contrato entre a gestão pública municipal e o Projeto Sol, que organizava as Tendas, chegou ao fim e a atual gestão municipal, que havia acabado de tomar posse, não renovou. Por isso, os atendimentos à população em situação de rua, como distribuição de marmitas, tiveram que ser encerrados no último em nove de janeiro, quando os assistidos foram avisados da decisão.

Eram duas Tendas do Bem, surgidas em abril de 2020 para buscar garantir a alimentação das pessoas em situação de rua diante da pandemia da Covid-19. Uma ficava na Praça do Papa, na Enseada do Suá. A outra, na entrada da Pedra da Cebola, em Goiabeiras. Além de fornecer marmitas, eram realizados outros serviços, como emissão de documentos para que as pessoas pudessem arranjar emprego ou conseguir algum auxílio, encaminhamento para tratamento de dependência química, entre outros.

Novas gestões, velhas políticas

Políticas públicas para pessoas em situação de rua não avançaram na Grande Vitória, diz Pastoral
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Comentários: 2

Josué Nicácio da Silva em Quarta, 05 Janeiro 2022 06:54

Que conjuntura política, sanitária e econômica contrária a classe trabalhadora!

Que conjuntura política, sanitária e econômica contrária a classe trabalhadora!
Capixaba da gema em Quarta, 05 Janeiro 2022 20:13

Muito triste e injusto cade emprego e moradia para essas pessoas ?e quem pide ajudar ou abriga las mesmo em troca de trabalho faça ,ninguém está livre de ficar assim um dia só os ricos pois classe média e classe média baixa corre risco sim .onde está um sus que respeita e tenha boa vontade em atender inclusive os classe média sem convênio nessa crise financeira?tratam mal grosseiros na vontade quanto mais aos pobres sap uns coitados infelizmente sem vagas em abrigo sem comida tomam agora seus colchões que desumano

Muito triste e injusto cade emprego e moradia para essas pessoas ?e quem pide ajudar ou abriga las mesmo em troca de trabalho faça ,ninguém está livre de ficar assim um dia só os ricos pois classe média e classe média baixa corre risco sim .onde está um sus que respeita e tenha boa vontade em atender inclusive os classe média sem convênio nessa crise financeira?tratam mal grosseiros na vontade quanto mais aos pobres sap uns coitados infelizmente sem vagas em abrigo sem comida tomam agora seus colchões que desumano
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