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​Casagrande anuncia abono, mas sindicatos defendem valorização de carreira

Abono será de R$ 1,5 mil aos profissionais da Educação e de R$ 1 mil aos demais servidores 

O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou nas suas redes sociais, nesta quinta-feira (23), que sua gestão irá conceder abono salarial de R$ 1,5 mil aos profissionais da Educação e de R$ 1 mil aos servidores vinculados a outras secretarias, ativos e inativos. Apesar de o gestor afirmar ser “uma forma de valorizar os nossos profissionais que têm colaborado para construção de um Estado que é referência em políticas públicas”, os sindicatos de ambas categorias não pensam da mesma forma.


Os projetos de lei com as propostas serão encaminhados para apreciação da Assembleia Legislativa. A iniciativa contempla 21,7 mil profissionais da Educação e 72,9 mil servidores das demais áreas, entre ativos, estatutários, celetistas, contratados por designação temporária, aposentados e pensionistas. O pagamento do benefício está previsto para dezembro deste ano, juntamente com o salário do funcionalismo público.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos), Iran Milanez, afirma que o sindicato sempre tem uma posição crítica em relação à política de abono, pois não incorpora ao salário, não incidindo na aposentadoria. A entidade defende que os trabalhadores tenham reajuste anualmente.

O dirigente sindical relata que, entre os servidores, havia a expectativa de que o valor do abono fosse superior ao do ano passado, que foi de R$ 1,5 mil. A expectativa foi devido ao fato de que, nos últimos 20 anos, os servidores somam perdas salariais de 53%, segundo um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O diretor de Comunicação do Sindicato dos Servidores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Paulo Loureiro, afirma que a entidade tem o mesmo posicionamento do Sindipúblicos. “Não concordamos com a política de abono. O que defendemos é a valorização da carreira. Abono é mau investimento dos recursos do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]”, avalia.
Em outubro passado, a Assembleia Legislativa aprovou o reajuste salarial de 4% aos servidores ativos e inativos do magistério estadual. Inicialmente, o valor não havia sido estendido para os agentes de suporte educacional (ASE). Contudo, após mobilização do Sindipúblicos, o Governo do Estado firmou o compromisso de encaminhar um projeto de lei garantindo os 4%. A expectativa, segundo Iran, é de que a proposta seja enviada até o final de novembro para a Assembleia Legislativa.

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