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Casagrande vai criar GT com a sociedade civil e o poder público

Compromisso de criar o Grupo de Trabalho, que será consultivo, foi assumido em reunião com os movimentos sociais 

O governador Renato Casagrande (PSB) se comprometeu a criar um Grupo de Trabalho (GT) junto à Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH), em reunião realizada nessa terça-feira (28) com os movimentos sociais. A proposta é que o GT seja consultivo, com o objetivo de propor ações e acompanhar sua implementação e execução.

A reunião com o gestor foi marcada nesse sábado (25), quando a secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, entrou em contato com o Fórum Igrejas e Sociedade em Ação, uma das entidades mobilizadas em cobrar do governador cumprimento dos compromissos de campanha firmados no segundo turno das eleições do ano passado.

O Fórum já havia iniciado uma mobilização por meio da realização de uma plenária, com todos os movimentos com as quais Casagrande assinou termos, que insatisfeitos com a falta de diálogo com a gestão estadual, reivindicavam ser ouvidos.

Ficou estipulado, nessa terça-feira, um prazo até 24 de abril para que a gestão de Casagrande aponte o que já foi feito nos primeiros meses de governo no que diz respeito às pautas acordadas. Em seguida, haverá uma plenária dos movimentos sociais para analisar a resposta do governador, além de elencar os nomes que irão compor o GT e definir questões como periodicidade das reuniões.
“Com certeza foi uma reunião positiva, um primeiro passo, a primeira abertura de diálogo que a gente sente com o governador. Espero que o governo se coloque de verdade aberto a ouvir as demandas da sociedade civil por meio dos movimentos sociais, sindicais, populares, porque são muitas demandas reprimidas, e a gente precisa caminhar para começar a solucionar”, diz o coordenador do Fórum Igrejas e Sociedade em Ação, Giovani Lívio.

Ele relata que o governador se justificou com o grupo sobre o motivo de não ter dialogado com a sociedade civil. “Casagrande, depois de ouvir as várias falas, disse que ao terminar os meses de outubro, novembro, essa transição do governo velho para o novo, foi muita demanda e, por isso, não conseguiu agilizar antes essa reunião. Disse que janeiro, fevereiro e março também são meses complicados, pois estava começando o governo”.
A criação do GT é uma das 13 reivindicações contidas no Pacto pelo Espírito Santo do Amanhã, elaborado pelo Fórum Igrejas e Sociedade em Ação e assinado por Casagrande durante o segundo turno das eleições. No mesmo dia da assinatura, o gestor também assumiu compromisso com o Movimento Negro do Estado, por meio do documento “Demandas Negras Estruturantes para Equidade Racial e Combate ao Racismo no Estado do Espírito Santo”.
Outro dos muitos compromissos assumidos por Casagrande no segundo turno foi o de pagar o piso salarial para a Enfermagem a partir de janeiro deste ano, o que não aconteceu. O governador assinou ainda o termo de compromisso em defesa do Banestes Público e Estadual e com o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Espírito Santo (Sindaema), para não privatizar a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), além de garantir que dialogaria com as centrais sindicais, os movimentos sociais e as comunidades tradicionais durante todo mandato.

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