Quarta, 01 Mai 2024

Estado está no topo da lista dos que mais matam adolescentes no País

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj) apresentaram nesta quarta-feira (28) a 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), estudo que tem o objetivo de estimar a mortalidade por homicídio especificamente na faixa dos 12 aos 18 anos. 
 
O cálculo do IHA para cada um dos estados foi obtido a partir da agregação de todos os homicídios sofridos por adolescentes nos municípios com mais de 100 mil habitantes de cada estado. O Espírito Santo aparece em quarto lugar dentre aqueles com maior IHA, no valor de 7,15. Isso quer dizer que para cada grupo de mil adolescentes com 12 anos completos, 7,15 não completarão 19 anos, pois serão vítimas de homicídio ao longo desse intervalo.
 
O Estado só perde para Alagoas (8,82), Bahia (8,59) e Ceará (7,74). O IHA estima que mais de 42 mil adolescentes, de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre 2013 e 2019.
 
O Espírito Santo foi o único estado da região Sudeste a apresentar um IHA superior a 4. Além disso os municípios com maiores IHAs no Estado estão localizados no entorno da Capital – Cariacica (10,47), Serra (9,95) e Vila Velha (8,22). 
 
Além de o Estado apresentar o maior IHA do Sudeste e um dos maiores do País, Vitória alcançou também um número elevado (5,20).  Fora da Grande Vitória, o município de São Mateus, no norte do Estado, também ultrapassa o valor de 6 pontos. Os municípios de Colatina, no noroeste do Estado, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim, no sul, também apresentaram IHA acima de 4.
 
O estudo também revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos no País. Além disso, os adolescentes do sexo masculino apresentam um risco 11,92 vezes superior ao das meninas, sendo a arma de fogo o principal meio utilizado no assassinato de jovens brasileiros. 
 

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