Quarta, 08 Mai 2024

Ex-servidor acusa Prefeitura pelo vazamento de informações sobre despesas com telefone

Ex-servidor acusa Prefeitura pelo vazamento de informações sobre despesas com telefone

O jornalista Roberto Junquilho, que ocupava o cargo de subsecretário de Comunicação na prefeitura de Vitória, acusou aPrefeitura de Vitória de ter vazado a história sobre os supostos gastos excessivos com telefone institucional à imprensa. Em entrevista ao site do jornal O Globo, o ex-servidor afirmou que estava sendo perseguido pela titular da pasta, Margô Devos, e que a situação era de conhecimento do prefeito Luciano Rezende (PPS). Na época da divulgação da história, em maio passado, Junquilho foi exonerado do cargo, apesar de a operadora de telefonia Oi ter reconhecido o erro mais tarde e cancelado a cobrança no valor de R$30 mil.



Na reportagem publicada nessa quarta-feira (6) no jornal carioca, o ex-servidor alega ter sido vítima de uma briga política dentro da própria administração. “Alguém vazou isso para a imprensa de maneira irresponsável, sem mostrar o teor inteiro dos documentos, com o objetivo de me retirar da prefeitura. Desde janeiro eu era alvo de perseguição e complô por parte da secretária de comunicação Margô Devos para me retirar do cargo. E o prefeito sabia desse comportamento dela”, acusou Junquilho, que estuda a possibilidade de mover processos judiciais contra os envolvidos para a reparação dos danos morais.



O ex-servidor alega que solicitou a contratação de um plano de dados de internet no valor de R$ 59,90 antes de realizar a viagem de férias para Europa, no mês de abril. No entanto, a contratação não teria sido efetuada pelo funcionário da Oi, o que teria causado a cobrança de R$ 29.793,31. Junquilho afirma que, desde a chegada da conta, ele constatou o erro e solicitou a abertura de um procedimento administrativo na prefeitura – que ainda não foi concluído. Com a correção do erro da operadora, o valor da conta foi alterado para R$ 315,63.



Mas antes de ser ouvido pela comissão sindicante, o jornalista acabou sendo exonerado do cargo – coincidentemente, no mesmo dia em que a operadora teria enviado um e-mail para a Prefeitura reconhecendo o erro e anulando a cobrança anterior. Junquilho chegou a ser nomeado para o cargo de assessor técnico na Secretaria de Governo, mas foi exonerado da função no dia 17 de julho - após a divulgação do "vazamento" do caso na mídia local. 

“Minha família inteira está sofrendo. Estou desemprego sem ter culpa de nada. Tenho um advogado e estou pensando no que fazer. Nas redes sociais, eu fui chamado de corrupto e vagabundo sem ter cometido nenhuma ilegalidade”, declarou o ex-servidor à reportagem do jornal O Globo.

 

A publicação informou que procurou a Prefeitura de Vitória, que não quer comentar as acusações ou explicar o motivo da exoneração antes da conclusão do procedimento administrativo. Segundo a administração, o posicionamento oficial será divulgado após a conclusão do processo.

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