Sábado, 20 Abril 2024

Familiares de presos vão ao TJES para denunciar violações

Os familiares dos presos envolvidos no episódio de tortura na Penitenciária Estadual do Xuri (PEVV III), em Vila Velha , estão passando pela Comissão de Enfrentamento e Combate à Tortura do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para relatar o que acontece no local. 



A mãe de um detento foi ao Núcleo das Comissões do TJ e contou que os presos estariam tendo de beber água do vaso sanitário por conta da falta d’água no presídio. Ela disse ainda que a marmita servida aos detentos estaria chegando azeda e ainda assim eles seriam obrigados a comer com medo de represálias. 

 
A familiar do detento contou que, ao visitar o filho no domingo (13), viu um preso com o braço em uma tipoia e o ombro inchado. Neste dia ela soube da ocorrência do dia 2 de janeiro, quando 52 detentos foram retirados das celas para procedimento que consistia em permanecerem sentados, nus em um piso de cimento quente, provocando queimaduras graves. O filho da denunciante estaria entre as vítimas. 
 
Torturômetro
 
Nesta quarta-feira (16) o Torturômetro – instrumento criado pelo Tribunal para acompanhar a ocorrência de tortura no sistema – foi zerado mais uma vez por conta de um preso que teve o braço quebrado no Xuri. 
 
A denúncia foi encaminhada pela juíza Cristina Eller Pimenta Bernardo, da 2ª Vara Criminal de Linhares (norte do Estado), e partiu da namorada de um preso. 
 
Ela contou que o detento havia sido transferido da Penitenciária Regional de São Mateus, no norte do Estado para o Complexo de Xuri para a realização de uma cirurgia no braço em um hospital da Grande Vitória. No entanto, na unidade de Vila Velha ele teria sofrido violência e tido um dos braços quebrados. 

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