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Gold quer criar Casa de Acolhimento de Pessoas LGBTI+ em Vulnerabilidade

Ativista Deborah Sabará informa que foi criada uma campanha de solidariedade para adquirir um imóvel

A Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold) quer construir a 1ª Casa de Acolhimento de Pessoas LGBTI+ em Vulnerabilidade Social do Espírito Santo. Para isso, lançou uma campanha de arrecadação para a compra de um imóvel no Centro de Vitória. A proposta é abrigar pessoas que passam por situações como expulsão do ambiente familiar ou que sejam vítimas de diversas outras formas de violência.

Os interessados podem doar qualquer valor, por meio deste link. A campanha, que aceita doações até dezembro deste ano, quer arrecadar o montante de R$ 212 mil. A coordenadora de Ações e Projetos do Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), Deborah Sabará, afirma que a Gold tomou a iniciativa porque “não dá para esperar pelo poder público. A gente precisa de uma política a curto prazo. O Espírito Santo ainda não tem nenhum espaço para acolher nossa população e essa é uma demanda urgente, todos os dias recebemos mensagens de pessoas que são expulsas de casa e não tem para onde ir”, destaca.

A ideia é que a casa não seja um espaço de permanência, mas de passagem. “Uma forma de acolher a travesti que vem de outro Estado, mas não consegue um trabalho aqui e possibilitar que ela não viva em situação de rua, encontrando formas de tornar possível que volte para seu Estado ou ingresse no mercado de trabalho. Ajudar uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ que vem do interior para um tratamento de saúde na região metropolitana, possibilitando que possa ter um lugar para se hospedar; acolher quem sofreu agressão da família, da companheira, do companheiro; ter um espaço para as pessoas ficarem até que tudo se resolva”, projeta.
Para possibilitar que, de fato, a casa seja um espaço de passagem, o objetivo é oferecer serviços de assistência social e psicológica, refeições solidárias, espaço de convivência, eventos, cursos de formação profissional, encaminhamento para o mercado de trabalho, entre outras atividades de promoção da cidadania e dos direitos humanos. Assim, a meta é adquirir um imóvel que, além de espaços básicos, como quarto, cozinha e banheiro, tenha locais para atendimento, lavanderia, refeitório e atividades culturais.
Esse tipo de iniciativa, segundo Deborah, já existe em cidades de outros estados. Em São Paulo, afirma, existem as casas por letra, ou seja, que atendem as pessoas por identidade de gênero – L para lésbicas, G para gays, B para bissexuais e T para travestis e trans, além de ter casas mistas. Em Brasília, informa, há quatro casas.

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