Quinta, 28 Março 2024

Pastoral organiza ato ecumênico no Dia de Luta da População em Situação de Rua

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A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória realizará nesta quarta-feira (19), na Segunda Ponte (próximo à rodoviária) um culto ecumênico para denunciar a violência contra a população de rua, além de distribuir almoço, kits de higiene e realizar testagem rápida para HIV. A iniciativa faz parte do Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, celebrado pela Pastoral em nível nacional desde 2004.

A data faz alusão a uma chacina em que 10 pessoas em situação de rua foram espancadas com golpes na cabeça na Praça da Sé, em São Paulo, sendo que seis morreram. Três dias depois, a mesma violência aconteceu com mais cinco, levando uma a óbito. Segundo o coordenador da Pastoral, Júlio César Pagotto, a ação tem como apoiadores o Fórum Capixaba de Lutas Sociais, o Fórum de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Círculo Palmarino. 

Entre os parceiros, segundo Júlio, está a Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), que irá fazer a testagem das pessoas em situação de rua. "Caso seja detectado que a pessoa é soropositiva, encaminharemos para o Centro de Testagem e Acolhimento da Prefeitura de Vitória", diz a coordenadora de projetos e ações da Gold, Deborah Sabará. Tanto a Associação quanto a Pastoral distribuirão kits higiene e limpeza.

A programação começa às 8h com um café da manhã, seguido pelo ato ecumênico com a Ação Diaconal Ecumênica (ADE), composta pelas igrejas Católica, Luterana e Presbiteriana. Posteriormente, haverá almoço e distribuição de kit limpeza contendo máscara, sabonete, pasta de dente e escova. "Toda a sociedade está convidada a participar com a gente na luta em defesa da população de rua. A vida dessas pessoas precisa ser vista com muito carinho. Os pobres são os mais vulneráveis em meio à pandemia e os moradores de rua são os mais pobres entre os pobres", destaca Júlio. 

Em 11 de julho, a Pastoral também realizou um ato ecumênico celebrado pela Ação Diaconal Ecumênica. A atividade contou com a presença de representantes do Fórum Evangelho e Justiça e aconteceu no mesmo lugar no qual uma pessoa em situação de rua foi queimada, vindo a óbito. O ato contou com a presença de pessoas em situação de rua, mobilizadas pela Pastoral para estar no local. Com cartazes nas mãos, elas pediam justiça, paz, vida digna, além de denunciar que "o direito à cidade é um privilégio que poucos podem pagar". No final elas ganharam kit alimentação e limpeza, roupa e cobertor.

Além de ter sido queimado, o homem em situação de rua morto em julho e que não foi identificado também levou pancadas na cabeça. O crime aconteceu na avenida Robert Kennedy, em Itararé, próximo à avenida Leitão da Silva. Nesse mesmo local, outro homem foi encontrado queimado em outubro de 2018.

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