Quinta, 28 Março 2024

Portuários paralisam atividades e prometem mais atos contra venda da Codesa

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Todas as atividades portuárias no Espírito Santo foram paralisadas nesta segunda-feira (20), entre as 7 e 13 horas, em protesto dos trabalhadores de diversas categorias contra o processo de privatização dos portos, em andamento pelo governo federal. O ato é o primeiro, em nível nacional, depois da decisão da plenária dos sindicatos do setor, realizada este mês em Brasília, puxada pela venda da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a primeira a ser privatizada.

O movimento é encabeçado pelo Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES) e demais entidades que compõem a Intersindical Portuária. Os trabalhadores portavam faixas de protesto em defesa dos empregos, do mercado de trabalho e da manutenção do porto público.

Nesta segunda-feira, a entrada do porto de Capuaba, em Vila Velha, foi fechada, impedindo a movimentação de caminhões e carretas. Os trabalhadores colocaram fogo em pneus para dificultar o trânsito e, ao mesmo tempo, fizeram pronunciamento denunciando "a covardia" do governo e os prejuízos à economia do Estado que será consolidados com a privatização da Codesa. O protesto, além de Capuaba, atingiu os portos de Vitória e Barra do Riacho, em Aracruz, norte do Estado.

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"Está tudo parado, desde a guarda, o Ogmo [Órgão Gestor de Mão de Obra], o setor administrativo, e vamos manter o movimento para chamar a atenção do governo para essa covardia que é a entrega dos portos para o privado", diz Antônio Cândido, presidente do Sindicato da Guarda Portuária do Espírito Santo (Sindguapor-ES), ao anunciar outras paralisações.

A próxima será no dia 28 de janeiro, com duração de 12 horas; em fevereiro de 18 horas; e assim por diante, acrescenta o dirigente sindical. Para ele, o "governo do Estado não tem mostrado esforços contra a privatização", cujo modelo será testado no Espírito Santo e depois aplicado em outros portos, a começar pelo de São Paulo. Antônio Cândido comentou ainda que, da bancada federal, somente o deputado Helder Salomão (PT) participava do ato, prometendo fazer pressões em Brasília a fim de mudar o quadro.

"O porto tem lucro e emprega centenas de trabalhadores que serão demitidos com a privatização", comenta Antônio Cândico, e destaca: "A Portaria 84/2021 exclui a guarda portuária, que será substituída por vigilantes da iniciativa privada, que ocuparão seus postos. Isso inclui áreas de fronteira, que serão entregues na mão de quem eles quiserem".

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A privatização dos portos, a ser iniciada com a venda da Codesa, irá gerar desemprego, fuga de cargas para outros estados, aumento de tarifas, perda de arrecadação municipal e estadual, entre outros impactos, no entendimento de Antônio Cândido, idêntico a de especialistas, que já se manifestaram contra o modelo de privatização adotado pelo governo Bolsonaro.

O calendário de luta foi aprovado na Plenária Nacional das Três Federações — Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib) -, realizada em Brasília nos últimos dias 7 e 8 de dezembro.  

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Comentários: 3

Seu Madruga em Segunda, 20 Dezembro 2021 14:14

Parabéns presidente Bolsonaro, privatiza tudo. Acaba com essa teta de sindicalistas.

Parabéns presidente Bolsonaro, privatiza tudo. Acaba com essa teta de sindicalistas.
Marcos Alexandre Queiroz em Terça, 21 Dezembro 2021 08:57

A única teta é a da familicia de bol$ocaro com o dinheiro público. Nunca assinaram uma carteira de trabalho. Respeito com o trabalhador seu vagabundo

A única teta é a da familicia de bol$ocaro com o dinheiro público. Nunca assinaram uma carteira de trabalho. Respeito com o trabalhador seu vagabundo
Armando Radinz junior em Terça, 21 Dezembro 2021 14:14

Tem que privatizar tudo, pois os politicos e os sindicatos so sabem roubar sacateando o patrimonio publico.

Tem que privatizar tudo, pois os politicos e os sindicatos so sabem roubar sacateando o patrimonio publico.
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