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Termo de Colaboração do CRJ Cariacica se encontra na Procuradoria Geral do Estado

Análise é aguardada para que o Centro das Juventudes volte a funcionar, após três meses

A Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH) informou ao Século Diário que o processo do Termo de Colaboração relativo ao Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Cariacica, localizado em Castelo Branco, encontra-se na Procuradoria Geral do Estado (PGE) para análise. O prazo, informa a pasta, é de no mínimo 15 dias para resposta. O CRJ Cariacica está fechado há três meses, desde o fim do contrato com a Organização Não Organizacional (ONG) Cieds, que fazia a gestão do espaço.

Foi feita uma seleção para escolha de outra Organização da Sociedade Civil (OSC) para gerir o Centro, e venceu a Avante Social. De acordo com o produtor cultural André Vieira, a SEDH chegou a anunciar que o CRJ reabriria no dia 14 de junho, mas isso não aconteceu.

Governo ES

O mesmo ocorreu com o CRJ de Novo Horizonte, na Serra, que também se encontra fechado há cerca de três meses, desde o fim do contrato com a Cieds. Em relação ao Termo de Colaboração do CRJ Novo Horizonte, a SEDH informou que a “Organização da Sociedade Civil (OSC) definida, o Instituto Ellos, tem até o dia 12 de agosto para encaminhar para a SEDH o Plano de Trabalho. Depois, a Comissão vai analisar o documento e, estando tudo correto, será encaminhado à PGE”.

Quando os processos retornarem da análise da PGE, acrescenta a pasta. “serão providenciados a assinatura do Termo de Colaboração com as OSCs definidas”.

Diante do fechamento dos CRJs, houve manifestação dos jovens nas redes sociais. Em 24 de julho eles participaram de uma reunião com representantes da Subsecretaria de Juventude do Governo do Estado, na qual ficou acordado que, enquanto os CRJs não voltam a funcionar, os coletivos de juventude podem pegar equipamentos emprestado para suas atividades, como caixa de som e computador. Além disso, foi criado um comitê com representação dos jovens e da subsecretaria.

Governo ES

Nos CRJs são realizadas diversas atividades educacionais, esportivas e culturais. André destaca, entre elas, curso de barbearia e de informática, aulas de dança e a disponibilização de um estúdio de gravação, inaugurado seis meses antes do fechamento do CRJ, após um abaixo-assinado da comunidade. “O CRJ é um divisor de águas dentro de Castelo Branco, é o brilho que tem dentro da comunidade, a esperança do jovem dentro de um lugar marcado pelo tráfico. Se faz presente na comunidade, coisa que o governo nunca fez. Acolhe quem está no tráfico e impulsiona”, ressalta.

A estudante Thaisa Pereira era uma das frequentadoras do CRJ de Novo Horizonte desde 2022, quando participou de atividades como oficinas de trança e dança. Nos últimos tempos, estava focada na oficina de pintura Pincelando Fatos, iniciativa que possibilitou a ela e a outros jovens a participação em uma exposição em um museu do Rio de Janeiro. “O CRJ é um ambiente que tira o jovem da rua. Promove eventos, traz coisas que a maioria das pessoas do bairro não têm acesso. Democratiza o acesso à cultura, ao lazer, ao esporte. Eu via no CRJ algo que dizia ao jovem que ele pode ficar ali dentro vivendo, existindo, ou ficar lá. Os jovens escolhiam ficar lá dentro”, diz.

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