Os trabalhadores da construção pesada estão em negociação com as empresas para formulação do acordo coletivo. A categoria é representada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado (Sintraconst), já que a Justiça do Trabalho ratificou a representação dos trabalhadores pela entidade.
Até o início deste ano, os trabalhadores da construção pesada – que são aqueles que trabalham em grades obras como a construção de estradas e obras públicas – eram representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Sindopen), criado na base do Sintraconst, que negociava pelos trabalhadores com o Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sindicopes), a entidade patronal.
No entanto, a Justiça entendeu que as atividades dos trabalhos da construção civil e da construção pesada são afins, determinando a representação ao Sintraconst.
A negociação foi iniciada concomitante à dos trabalhadores da construção, entre maio e junho deste ano, mas ainda não foi concluída. A remuneração dos trabalhadores da construção pesada ainda é defasada em relação aos da construção civil. A estratégia do Sintraconst é equiparar o reajuste desses trabalhadores com os da construção civil e ir avançando nos anos seguintes.
De acordo com o presidente do Sintraconst, Paulo César Borba, o Carioca o patronato investe em equipamentos e máquinas em detrimento dos salários dos trabalhadores. “Eles não consideram um trabalhador como uma uma peça do negocio”.
Os trabalhadores da construção pesada não têm hora-extra e sim um banco de horas, em que o período excedido trabalhado fica contabilizado. Também estão defasados nos benefícios de plano de saúde e Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Na última quinta-feira (8) o Sintraconst chegou a deflagrar uma greve, mas ela foi interrompida, já que o Sindicopes chamou a entidade para negociar.