Segunda, 29 Abril 2024

'Vamos protestar até que o problema da comida seja resolvido'

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A cada alimentação estragada, uma paralisação. Essa tem sido a estratégia adotada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Manutenção, Montagem, Estradas, Pontes, Pavimentação e Terraplanagem do Estado (Sintraconst-ES), para mostrar a insatisfação da categoria com a má qualidade da comida servida pela empresa no refeitório. "Vamos continuar protestando, até que o problema da comida seja resolvido", avisa o presidente da entidade, Virley Santos. 

O sindicato, que já havia denunciado em meados de agosto que a comida vem acompanhada de bichos, insetos, alguns objetos, ou com carne estragada, afirma que o problema continua acontecendo. Já foram encontrado larvas no bife e no frango. Em outras ocasiões, fio de cabelo, agulha de injeção para bovinos, pedaços de madeira e arame. Na última sexta-feira (9), trabalhadores acharam linguiça estragada, mas como não são da base do Sintraconst-ES, não paralisaram.
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Até o momento, foram feitas cerca de cinco paralisações desde o final de agosto, quando a entidade começou a mobilizar os trabalhadores diante do problema. Entretanto, a situação começou a ser detectada no início do mês passado.

"É um relaxo por parte da Vale. Não pode uma empresa tão grande fazer isso. Mas ela matou tanta gente por aí e não deu em nada para ela, que acha que matar um trabalhador de intoxicação também não vai dar. É capaz de dizer que ele morreu por causa da comida que comeu em casa", diz Virley, referindo-se às centenas de mortos por ocasião do rompimento das barragens de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, este último, um crime que atingiu também o Espírito Santo.
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O sindicato chegou a conversar com representantes da GRSA, empresa que fornece a alimentação, após encaminhar ofício para o setor de Recursos Humanos (RH) e para a Gerência de Contratos da Vale. A conversa foi em 27 de agosto. "Disseram que não é possível que a comida esteja nessas condições, pois são armazenadas e cozidas em não sei quantos graus, mas a gente sabe que é mentira", rebate. 

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