sexta-feira, outubro 11, 2024
21 C
Vitória
sexta-feira, outubro 11, 2024
sexta-feira, outubro 11, 2024

Leia Também:

ES Gás é vendida em leilão por R$ 1,4 bilhão a grupo de Minas

A Companhia de Gás do ES foi leiloada com ágio de 7,28% à frente do valor inicial, de R$ 1,3 bilhão

Cauê Diniz/B3

A Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás) foi vendida à empresa Energisa, de Minas Gerais, nesta sexta-feira (31) pelo valor de R$ 1,4 bilhão, com ágio de 7,28% à frente do valor inicial, de R$ 1,3 bilhão. O grupo vencedor do leilão é gigante do setor de energia que atende a 20 milhões de pessoas em 862 municípios brasileiros. Antes do leilão, o Estado detinha 51% do capital votante da empresa, enquanto a Vibra Energia os outros 49%.

O evento de desestatização da empresa ocorreu na B3, bolsa de valores de São Paulo, com a presença do governador Renato Casagrande (PSB), que comemorou: “Que possamos ter um mercado de gás cada vez mais competitivo e eficiente no Espírito Santo, expandindo cada vez mais a oferta de emprego e renda para os capixabas”.

A ES Gás é a concessionária responsável pela distribuição do gás natural canalizado no Espírito Santo e atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, de climatização e cogeração e termoelétrico, totalizando mais de 74,3 mil unidades consumidoras.

Foram levados a leilão 493,69 milhões de ações ordinárias nominativas e 142,47 milhões de ações preferenciais. Avaliada em R$ 1,3 bilhão, a empresa será privatizada quando tramita na Justiça uma Ação Popular visando impedir que a Vibra Energia, antiga Petrobras Distribuidora S/A (BR Distribuidora), seja mantida como dona de capital societário e, por isso, possa ter direito a parte dos recursos obtidos com o leilão. 

Desde 2021, essa negociação é cercada de polêmica. Na época, o advogado Robson Neves denunciou irregularidades na venda de parte das ações da empresa. “A BR Distribuidora não possuía qualquer direito a explorar a concessão do gás, muito menos vender o que não era seu. No entanto, tal condição foi ignorada pelo Estado, com a benevolência do poder público capixaba, que financiou a privatização”.

Mais Lidas