PF desbarata grupo de empresas da área de café por prática de fraudes eletrônicas
Empresas atuantes no mercado de café no Espírito Santo são os alvos da Operação CyberCafé, deflagrada por policiais federais na manhã desta quarta-feira (22), com 11 mandados de busca e apreensão no Estado, quatro em Minas Gerais e dois em Santa Catarina, onde cumpriram dois mandados de prisão temporária. A operação visa reprimir a ação de um grupo criminoso especializado na prática de fraudes eletrônicas.
"A atuação do grupo criminoso gerou um enorme prejuízo financeiro a vários bancos e empresas, além frustrar o devido pagamento de imposto, feito indevidamente com valores das contas alvos das fraudes", afirmou a Polícia Federal, que cumpriu mandados em Vila Velha, Guarapari, Venda Nova do Imigrante, Serra, Conceição do Castelo e Pinheiro.
Os policiais sequestraram bens no valor aproximado de R$ 6 milhões, que incluem a apreensão de veículos e o sequestro de depósitos em contas bancárias, criptoativos e imóveis. A operação contou com a participação de 77 agentes do Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, em cumprimento a ordens judiciais e busca de novas provas para desmantelar o grupo criminoso investigado, dedicado ao cometimento de crimes por meio da Internet.
As investigações se iniciaram após uma ação preliminar da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) identificar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Espírito Santo. O trabalho, coordenado pelo Núcleo de Repressão a Fraudes Bancarias (NUFBAN.DRCC), conta com a cooperação das instituições bancárias aderentes a um acordo de cooperação técnica entre a Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Investigação da Polícia Federal identificou a existência de grupo criminoso, composto ao menos por três núcleos (Hackers/atacantes, intermediadores e beneficiários), que se utilizava de serviços de invasão de contas bancárias, por meio da internet, para desvio de valores ou para quitação de boletos, em especial, de dívidas tributárias junto à Secretaria de Fazenda do Espírito Santo (Sefaz).
Segundo a Polícia Federal, "os hackers/atacantes acessavam ilegalmente as contas das vítimas mediante ataque Phishing ou acesso remoto (RATs - Remote Access Trojan), desviando os valores para contas de beneficiários ou para pagamento de boletos da Sefaz". Já os intermediários eram responsáveis pelo recrutamento dos beneficiários e deles recebiam os valores frutos das fraudes.
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