'A indicação vai naufragar, as escolas cívico-militares são caras'
A iniciativa da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa de encaminhar para prefeitos dos 78 municípios capixabas uma indicação para "estudo de viabilidade" e implantação de escolas cívico-militares, não surtirá efeito, como avalia o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes). "A indicação vai naufragar, as escolas cívico-militares são caras", afirma o diretor de Comunicação da entidade, Paulo Loureiro.
Ele acredita que a questão financeira é o único fator a barrar a proliferação desse tipo de escola em muitos municípios após o Governo Lula (PT), no primeiro mês de seu mandato, pôr fim ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), bandeira política de Jair Bolsonaro (PL)."Se fosse simplesmente pela ideologia, muitos acatariam a indicação, pois muitos leem a cartilha do extremismo e do bolsonarismo, mas não há como bancar sem recurso federal. E também não há recurso estadual, pois o governo Renato Casagrande (PSB) não apoia", aponta.
O colegiado também destaca que o modelo tem "uma gestão diferenciada, em que os militares, sejam das polícias militares ou das forças armadas, participam do gerenciamento das escolas, exceto a parte educacional".
Em fevereiro último, a Câmara de Vila Velha (CMVV) aprovou o Projeto de Lei nº 005/24, de autoria da gestão do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), que institui o Programa Municipal das Escolas Cívico-Militares. O PL deu origem à Lei nº 6999/2024. Em Cariacica, no mês de julho de 2023 foi aprovado, por unanimidade, o PL 045/2023, que "instituiu a criação e transformação de unidades de ensino em escolas cívico-militares na rede pública de ensino fundamental do município".
As indicações são assinadas pelos deputados Danilo Bahiense (PL), presidente do colegiado, e Allan Ferreira (Podemos), Coronel Weliton (PRD), Mazinho dos Anjos (PSD) e Pablo Muribeca (Republicanos).
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Comentários: 1
Caro...
caro é uma criança na quinta série não saber quanto é 3 X 8.
Caro é um aluno do terceiro ano do ensino médio não saber o que é uma tabela periódica.
Esses são os analfabetos funcionais.
Caro é um pai cujo aluno é reprovado no final do ano ir na Escola agredir o Professor.
Caro é uma Escola totalmente depredrada em razão de alunos rebeldes e um Diretor neófito.