Quinta, 25 Abril 2024

Sindicato aciona Justiça para impedir retorno das aulas presenciais em Vitória

lorenzopazolini_eleito_ales_ellencampanharo_ales Ellen Campanharo/Ales

Um Mandado de Segurança Preventivo movido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) quer impedir o retorno das aulas presenciais em Vitória, como anunciado pelo prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) em vídeo divulgado nas redes sociais, sem diálogo com a comunidade escolar. A ação tramita na Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal e ressalta como objetivo "proteger o direito à vida dos trabalhadores em educação, dos estudantes e de toda a sociedade capixaba, diante do alto risco de contágio pela Covid-19".

A entidade aponta que a decisão contraria o Decreto Estadual de Calamidade Pública, que estabelece medidas de enfrentamento ao avanço da doença, e desrespeita o Mapa de Risco anunciado semanalmente pelo governo, que indica a suspensão das aulas presenciais em municípios em risco alto, como é o caso da Capital.

O documento ressalta ainda "fragilidades no enfrentamento à doença em Vitória e em todas as demais cidades brasileiras, como a falta de estrutura adequada nas escolas para o cumprimento dos protocolos sanitários, a lentidão na vacinação dos trabalhadores em educação e de toda a população, bem como o surgimento e a circulação de novas variantes no País, de forma ainda mais agressiva, como alertam os cientistas e especialistas na área".

Para o sindicato, o retorno às aulas presenciais nesse momento "destoa da emergência sanitária mundial, na qual o distanciamento e o isolamento social são as únicas medidas que se revelaram suficientemente capazes de frear o avanço do coronavírus e, portanto, como ainda não há o controle efetivo da doença, não se pode autorizar a flexibilização das medidas de saúde e de segurança, como o retorno das aulas presenciais".


Segundo Lorenzo Pazolini, as aulas voltam de forma gradual na Capital. No vídeo, 
também aparecem o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espírito Santo (Sinepe/ES), Moacir Lellis; o pediatra e coordenador da Região Sudeste da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rodrigo Aboudib; e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). 

A decisão "atropelada" anunciada pela gestão de Lorenzo Pazolini, antes mesmo da decisão do governo do Estado, motivou a realização de uma carreata nesta sexta-feira (7), com concentração a partir das 8h na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de Goiabeiras, de onde os manifestantes seguirão até a prefeitura para a realização de um ato. Na sede da gestão municipal, representantes da comunidade escolar irão pleitear diálogo com o prefeito, já que, como afirmam, Lorenzo Pazolini não dialoga com o magistério desde a campanha eleitoral, apesar de ter sido procurado diversas vezes pelos trabalhadores.

A carreata foi deliberada durante plenária realizada pelo grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (Pad-Vix), nessa quarta-feira (5). Entretanto, outras entidades fazem parte da organização. São elas: Associação dos Docentes da Ufes (Adufes); Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vitória (Sindismuvi); Fórum de Educação de Jovens e Adultos; Instituto Raízes; Campanha Nacional pelo Direito à Educação; mandato da vereadora Camila Valadão (Psol); CSP Conlutas; Sindicato dos Professores do Espírito Santo (Sinpro/ES); Fórum de Diretores de Vitória; Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Tecnológica e Profissional (Sinasefe/Ifes); Coletivo Juntos Pela Educação Pública; Coletivo Educação Pela Base e Frente Popular em Defesa do Direito à Educação.

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Comentários: 5

Mário Abranches em Sexta, 07 Mai 2021 08:43

Verdadeiramente uma vergonha o que os professores e seus representantes estão fazendo com nossas crianças, privando as da cultura e de um futuro!!

Verdadeiramente uma vergonha o que os professores e seus representantes estão fazendo com nossas crianças, privando as da cultura e de um futuro!!
Green em Sexta, 07 Mai 2021 14:23

Você diz isso porque provavelmente não será você a ir para uma sala de aula.

Você diz isso porque provavelmente não será você a ir para uma sala de aula.
John em Sexta, 07 Mai 2021 15:35

Aglomeração para trabalhar, não pode. Mas para fazer carreata ok! Fica cada vez mais claro, quem realmente quer fazer algo para que possamos sair desta situação em que nos encontramos. Tudo bem os sindicatos explanar suas reinvidicações. Mas fazer deste modo, e inaceitável. Estão esquecendo do básico sobre direitos e deveres. Imagina se toda categoria trabalhista, que fazem parte dos serviços essências fizessem o mesmo. Seria um pandemônio. Já pensou!?

Aglomeração para trabalhar, não pode. Mas para fazer carreata ok! Fica cada vez mais claro, quem realmente quer fazer algo para que possamos sair desta situação em que nos encontramos. Tudo bem os sindicatos explanar suas reinvidicações. Mas fazer deste modo, e inaceitável. Estão esquecendo do básico sobre direitos e deveres. Imagina se toda categoria trabalhista, que fazem parte dos serviços essências fizessem o mesmo. Seria um pandemônio. Já pensou!?
MARCIO em Sábado, 08 Mai 2021 01:34

Caro Green, estranho o seu posicionamento, pois tudo que um profissional dedicado e comprometido com seu público alvo deveria estar almejando, é o retorno.

Aqueles que não querem voltar, ignorando os prejuízo irreparáveis às nossas crianças, talvez estejam na profissão errada.

Se querem decidir por sonegar o direito a educação, decidam por seus filhos, e não pelos filhos dos outros.

Parece um tanto quanto estranho, pois há reiterados posicionamentos de médicos, pesquisadores e até mesmo de profissionais da educação, quanto a necessidade urgentes do retorno presencial das aulas.

Se for para contrariar a vontade de militantes travestidos de professores, aí não há a tão conclamada ciência ou argumento de autoridade!!!!

Quem serão os negacionistas, então????

Profissionais de saúde, policiais, motoristas do transporte público e privado, dentre outras categorias, não pararam de trabalhar em momento algum desta Pandemia.

É, segundo a teoria de alguns maus profissionais "militantes/sindicalistas", se essa pandemia durar dez anos, nossas crianças continuaram em casa, sem o direito constitucional a educação.

Caro Green, estranho o seu posicionamento, pois tudo que um profissional dedicado e comprometido com seu público alvo deveria estar almejando, é o retorno. Aqueles que não querem voltar, ignorando os prejuízo irreparáveis às nossas crianças, talvez estejam na profissão errada. Se querem decidir por sonegar o direito a educação, decidam por seus filhos, e não pelos filhos dos outros. Parece um tanto quanto estranho, pois há reiterados posicionamentos de médicos, pesquisadores e até mesmo de profissionais da educação, quanto a necessidade urgentes do retorno presencial das aulas. Se for para contrariar a vontade de militantes travestidos de professores, aí não há a tão conclamada ciência ou argumento de autoridade!!!! Quem serão os negacionistas, então???? Profissionais de saúde, policiais, motoristas do transporte público e privado, dentre outras categorias, não pararam de trabalhar em momento algum desta Pandemia. É, segundo a teoria de alguns maus profissionais "militantes/sindicalistas", se essa pandemia durar dez anos, nossas crianças continuaram em casa, sem o direito constitucional a educação.
AGNALDO RODRIGUES em Sábado, 08 Mai 2021 04:57

Verdadeiros parasitas do estado, dinheiro na conta todos os meses, vão se preocupar com o que? Militantes vagabundos, a sociedade tem que cobrar do governador que infelizmente é outro lambe bunda da esquerda e do prefeito bunda mole.

Verdadeiros parasitas do estado, dinheiro na conta todos os meses, vão se preocupar com o que? Militantes vagabundos, a sociedade tem que cobrar do governador que infelizmente é outro lambe bunda da esquerda e do prefeito bunda mole.
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