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Prefeito de Guarapari anuncia reajuste escalonado para os professores

Adriano Albertino, do Sindiupes, aponta que medida vai causar “achatamento dos vencimentos”

Em reunião com o magistério na noite dessa segunda-feira (23), o prefeito de Guarapari, Rodrigo Borges (Republicanos), se comprometeu a dar reajuste salarial para os professores, mas de forma escalonada. Ao contrário do que havia anunciado em maio, quando propôs 6,27% para todos profissionais do magistério, a nova proposta é começar com esse percentual para quem tem ensino médio e ir diminuindo à medida que a formação aumenta.

Assim, os demais reajustes seriam para trabalhadores com adicional (6,10%), que, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e coordenador da rede de Guarapari, Adriano Albertino, era um ano que se fazia a mais depois do magistério para lecionar até a 6ª série; licenciatura curta (5,60%); licenciatura plena (5,10%); especialização (5%); mestrado (3,5%) e doutorado (3%).

“Verifica-se que quanto maior o investimento em formação, menor o percentual de reajuste anunciado. Essa prática, que já foi adotada por gestões anteriores, causa o achatamento dos vencimentos dos professores e aumenta as perdas históricas da categoria”, avalia Adriano. Apesar disso, os valores atingem o piso em todos os níveis, que é de R$ 3.042,00 para a carga horária de 25h. Até então, o piso no município é pago com o valor base de 2024. A remuneração mínima naquele ano, para a carga horária de 25 horas, era de R$ 2.817,85.

O dirigente sindical relata que o argumento do prefeito para o escalonamento foi não ultrapassar o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois houve muitas contratações. Diante disso, a categoria reivindicou, durante a reunião, um planejamento financeiro para 2026.

Além disso, foi discutida a atuação de duas comissões, formadas pelo poder público e por representantes do magistério. Uma, que já existia e não estava em atividade, trata da reestruturação da carreira. Adriano informa que o prefeito anunciou que ela será retomada e que, diante dessa informação, os trabalhadores defenderam que sua atuação seja no sentido de valorização dos docentes, com manutenção da carreira profissional com progressão e evolução pela dedicação, formação e permanência na educação.

A outra comissão foi criada agora para debater o auxílio-alimentação. Hoje o valor é de R$ 220,00, pago no contracheque. A prefeitura propôs um aumento de R$ 100,00. A comissão também vai discutir a possibilidade de os trabalhadores receberem o benefício via cartão.

Além disso, a gestão se comprometeu a fazer um levantamento de vagas para concurso público, pois o último venceu em dezembro de 2023. A valorização dos demais trabalhadores da educação, como os auxiliares de secretaria, também foi defendida, já que o Sindiupes reivindicou o retorno do direito a seis dias de abono, perdido na reestruturação da carreira e auxílio-transporte sem desconto na folha, assim como é feito com o magistério.

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