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Servidores da Ufes aprovam deflagração de greve por tempo indeterminado

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Estado (Ufes) aprovaram, em assembleia na manhã desta quarta-feira (9), a deflagração de greve por tempo indeterminado. A paralisação tem início na próxima quarta-feira (16), no entanto, com um dia de paralisação nesta sexta-feira (11) para que os servidores participem do ato público em protesto contra as medidas propostas pelo governo federal que precarizam direitos sociais, trabalhistas e a educação.

A greve foi decidida como forma de a categoria demonstrar a insatisfação com o ataque de direitos sociais e trabalhistas, promovido pelo governo federal e pelo Congresso Nacional.

O movimento reivindica a não aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, a PEC do Teto dos Gastos, e a manutenção e o cumprimento do acordo da greve de 2015 por parte do governo federal, que informou desconhecer as tratativas assinadas pelo governo anterior e pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Já os docentes da Ufes decidem nesta sexta-feira se deflagram greve. A decisão de indicar uma assembleia da categoria para deliberar sobre a construção da greve docente em unidade com o setor da educação foi resultado de um amplo debate e análise de conjuntura, na tarde de segunda-feira (7). Se aprovada, a greve abrangerá os campi de Goiabeiras, Maruípe, Vitória, Alegre, no sul do Estado, e São Mateus, na região norte.

Os docentes e servidores se alinham aos estudantes secundaristas e universitários que ocupam escolas estaduais e prédios da Ufes contra as propostas que representam o sucateamento da educação, saúde e serviços públicos.

Na Ufes será iniciado um debate acerca de uma greve geral dos estudantes da instituição. Os principais pontos da pauta são o combate à criminalização do movimento estudantil e pela retirada dos processos administrativos contra estudantes; cortes e burocratização da assistência estudantil; e suspensão do calendário acadêmico.

Na universidade estão ocupados o Cemuni II, V, VI; Ed1 e Ed2, em Goiabeiras, Vitória. O prédio em que funcionava a Fundação Ceciliano Abel de Almeida (FCAA), onde funciona a Rádio Universitária, também foi ocupado. Os ocupantes ressaltam que o sinal da rádio não foi cortado por eles, que não impediram que os programas fossem apresentados, pelo contrario, liberaram os espaços da rádio para que a grade de programação funcionasse normalmente.

Os ocupantes ressaltam que o sinal foi cortado misteriosamente por meio da plataforma Team Viewer (que permite acesso remoto aos computadores), assim como o sinal de internet. Os estudantes ressaltam que o prédio está vazio há anos e poderia estar sendo utilizado de diversas formas, inclusive como moradia estudantil.

Segundo os estudantes, o pedido de reintegração de posse pela Procuradoria foi feito sem qualquer diálogo com os ocupantes, anexo ao pedido de reintegração da Reitoria. No pedido constavam nomes de estudantes já perseguidos pela instituição que sequer estavam nessa ocupação.

   

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