Os técnico-administrativos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aprovaram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (29), a deflagração de greve para a próxima segunda (11). Contudo, isso não significa que o movimento de fato irá ocorrer a partir dessa data. É preciso, ainda, que na maioria das assembleias realizadas nas instituições públicas de ensino superior do Brasil, os trabalhadores deliberarem pela sua concretização.
No sábado (9) acontecerá uma plenária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), na qual representantes de universidades públicas de todo o país irão apresentar o resultado das assembleias. Apartir daí será possível saber se de fato a greve terá início dois dias depois.
Na Ufes, os trabalhadores que formaram maioria para a deflagração da greve foram os dos campi de Maruípe e Goiabeiras, na Grande Vitória. Os de São Mateus, no norte, e Alegre, no sul, conforme afirma o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes), Wellington Pereira, são favoráveis à greve, mas não com início já no dia 11, pois defendem a construção da greve da educação, ou seja, com os professores das universidades públicas e técnicos e docentes dos institutos federais.
Os técnico-administrativos reivindicam reajuste salarial de 34,32%, mas o Governo Federal, na mesa de negociação realizada na última quinta-feira (22), não sinalizou possibilidade de reajuste para o ano de 2024. Os servidores também reivindicam reestruturação da carreira, já que vários cargos foram extintos, portanto, não é possível fazer concurso público.
Nessa quarta-feira (28), o movimento sindical se reuniu com representantes do Governo Federal para mais uma reunião da Mesa de Nacional de Negociação Permanente. A resposta dada a os trabalhadores foi que é preciso ver se há condições financeiras para atender às reivindicações e que essa averiguação poderá ser feita somente daqui a três meses. Uma reunião já havia sido feita em 22 de fevereiro, quando o Governo não sinalizou possibilidade de reajuste para o ano de 2024.
Os trabalhadores já estão em estado de greve, aprovado pela categoria em assembleia realizada no dia 6 de fevereiro. A aprovação foi uma indicação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). A orientação ao estado de greve foi dada a sua base em uma plenária que aconteceu em dezembro de 2023.