O atual chefe do Ministério Público Estadual (MPES), o promotor de Justiça Eder Pontes da Silva, foi reeleito com quase 75% dos votos dos membros do órgão. Mesmo com a inédita candidatura única, o atual procurador-geral de Justiça ficou longe de uma esperada votação consagradora. Dos 313 membros aptos para votar, Eder Pontes obteve 207 dos 277 votos válidos – foram registrados 43 votos em branco e 23 votos nulos. No último pleito em 2012, o atual chefe da instituição havia recebido 152 votos, um avanço de pouco mais de 30% sobre a votação anterior.
De acordo com informações do MPES, 36 membros não compareceram à votação. Apesar de o voto ser obrigatório, a Lei Orgânica do Ministério Público (Lei Complementar nº 95/1997) prevê o voto facultativo para os promotores ou procuradores de Justiça que estiveram licenciados, de férias ou em período de transferência. A legislação prevê a remessa da “lista tríplice”, mesmo com apenas um nome, ao governador Renato Casagrande em até 72 horas. O chefe do Poder Executivo tem o prazo de 15 dias para se posicionar, caso contrário, Eder Pontes será empossado automaticamente no cargo.
Logo após a divulgação do resultado da eleição, o procurador-geral reeleito falou com os jornalistas. Eder Pontes destacou a continuidade das ações de sua administração durante o próximo biênio 2014/2016. Ele destacou ainda importância valorização dos servidores e membros, que acabou sendo uma das marcas de sua gestão. Tanto que os meios políticos e jurídicos atribuíram a política de repasses financeiros para os colegas como um dos motivos para a desistência das candidaturas em outros grupos internos.
Eder Pontes voltou a repetir sobre a necessidade de fortalecimento das ações de combate ao crime organizado e o reforço nas ações para a devolução dos recursos públicos desviados em função da corrupção. O mesmo discurso já havia sido repetido após a última eleição, muito embora os dois anos de mandato tenham revelado uma tímida atuação finalística por parte do órgão ministerial. A posse do novo mandato do procurador-geral está marcada para o dia 5 de maio.